Teresina, PI, 02 (AFI) – O Campeonato Piauiense 2023 teve a 6ª rodada disputada nesta quarta-feira (1º), mas as duas últimas partidas chamaram atenção por fatores extracampo. Alguns jogadores do Comercial, lanterna da competição, são suspeitos de manipular resultados e foram interrogados pela Polícia Civil do Piauí para prestar esclarecimentos acerca do assunto.

VERSÃO DA FFP

A Federação de Futebol do Piauí (FFP) confirmou a presença dos agentes ao estádio Deusdeth de Melo, onde o Bode, time das suspeitas, foi goleado pelo River por 4 a 0; placar igual ao do fim de semana, quando o Corissabá bateu os comercialinos. Justamente os dois jogos foram o foco da Delegacia Especializada de Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Relações de Consumo (DECCORTEC), buscando evitar possíveis esquemas ilícitos durante o Estadual, conforme explicou Robert Brown, presidente da federação.

“Nos últimos tempos, houve aumento no volume de suspeitas de manipulação em campeonatos de todo país, principalmente por conta de sites de apostas. Aqui mesmo, no ano passado, tivemos suposto esquema de fraude de resultados no Piauiense. Então, para que isso não volte a ocorrer e prezando o bom andamento do campeonato, resolvemos procurar a DECCOTERC para que nos auxilie nesse sentido”, disse o mandatário.

ENTENDA O CASO

Até o momento, não há nenhuma denúncia formalizada, apenas a suspeita da manipulação. O Comercial fechou parceria com uma empresa do Rio Grande do Sul para disputar o Piauiense, que trouxe 12 jogadores e os dois últimos treinadores. Sequer venceu e foi goleado nos últimos dois duelos, que alarmou a situação. Vão para o terceiro técnico somente este ano, ficando a cargo de Eduardo, auxiliar fixo da casa.

Até então, a equipe de Campo Maior havia sofrido quatro gols nos três confrontos que disputou pelo Estadual. Em 2022, algo semelhante ocorreu com o Flamengo de Teresina, que acabou rebaixado como lanterna do Piauiense e sendo derrotado em 13 dos 14 embates realizados, empatando outro. Procurado pela reportagem do Futebol Interior, o presidente João da Silva Neto não respondeu, mas informações apuradas dão conta que há também investigação interna para ajudar as autoridades.

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