Pelo futebol do Brusque, é obrigação do Guarani vencê-lo

Embora tenha conquistado o título estadual de Santa Catarina, o Brusque é inferior tecnicamente ao Guarani. Os dois se pegam na próxima sexta-feira

Como o Brusque será o adversário do Guarani na largada da Série B, na próxima sexta-feira, é evidente que Daniel tem muitas informações

Jogadores do Brusque com a torcida
Brusque levou seu segundo título estadual. (Foto: Divulgação/Bruque)

Campinas, SP, 2 (AFI) – Pressupõe-se que o treinador Daniel Paulista, do Guarani, tenha assistido à conquista do título do Brusque no Campeonato Catarinense, na tarde deste sábado, quando, na condição de mandante, foi beneficiado com o empate sem gols diante do Camboriú.

Como o Brusque será o adversário do Guarani na largada da Série B do Campeonato Brasileiro, na noite da próxima sexta-feira, é evidente que o comandante bugrino tem muitas informações para passar aos atletas.

Ideal seria reuni-los no vestiário antes da programação de treinos desta segunda-feira, e mostrar um vídeo editado com os momentos indispensáveis para certificação do tipo de adversário a ser enfrentado em local da partida transferido para Florianópolis, no Estádio Ressacada.

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COBRANÇA

Antes de o operador apertar o botão e mostrar as imagens, a introdução inicial de Daniel Paulista aos comandados tem que ser de dura cobrança.

Com todo respeito que possa merecer o adversário, claro está que este é o típico jogo em que o Guarani tem plenas condições de trazer a vitória.

De certo quem viu o empate do Brusque diante do Camboriú não há como discordar.

Para que se tenha um parâmetro, o futebol dele, agora, se equivale a Portuguesa, que disputa a Série A2 do Paulista.

Embora a Lusa esteja na iminência de retorno ao Paulistão, comparativamente situa-se em nível abaixo do Guarani.

Logo, os fatos mostram a obrigação dos bugrinos trazerem três pontos de Santa Catarina.


DEFICIÊNCIA NA DEFESA

Cobra-se sabedoria da comissão técnica bugrina para que explore o lado esquerdo da defesa do Brusque.

Primeiro porque o lateral-esquerdo Airton tem deficiências na marcação e o quarto-zagueiro Sandro – indicado para a cobertura – lembra aqueles boleiros que, quando apertados por um adversário, se desfazem da bola ao chutá-la para a linha lateral, devido à paúra de perder a jogada.

Mesmo diante do modesto Camboriú, a equipe do Brusque jamais adotou marcação alta, iniciando o aperto a partir do meio de campo, pois o principal intuito foi explorar velocidade no contra-ataque, principalmente usando o rápido – porém confuso – atacante Fernandinho, pelo lado esquerdo.

O centroavante Alex Sandro é o típico jogador de área que procura arrumar a jogada antes do arremate, mas desta vez mostrou falta de precisão nos chutes.

TOTY E ZÉ MATHEUS

Afora isso, o time do Brusque depende de incursões do lateral-direito Toty, passes com aceitável acerto do segundo volante Zé Matheus e o zagueirão limpa área Éverton Alemão.

Sim, o Brusque coloca em prática um estilo competitivo, mas tecnicamente está longe de equivalência com aquele Guarani que empatou com o Corinthians.

As oscilações mostradas pelo time bugrino nesta temporada impedem que se crave favoritismo absoluto dele nesta largada, mas se o comandante mostrar aos jogadores que basta colocarem em prática aquilo que é possível, três pontos seriam carimbados. 

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