Campinas, SP, 30 (AFI) – O início de temporada para a Ponte Preta é de instabilidade, pelo menos nos bastidores. Nesta terça-feira acontece a primeira reunião do Conselho Deliberativo e a torcida organizada já prometeu protestar em frente ao estádio Moisés Lucarelli, cobrando principalmente esclarecimentos sobre os processos trabalhistas da gestão de Vanderlei Pereira, ex-presidente entre 2014 e 2018.

Na última segunda-feira ex-presidente Marcos Garcia Costa protocolou um requerimento pedindo explicações sobre os processos trabalhistas abertos pelo zagueiro Fábio Ferreira e os laterais Fernandinho e João Lucas, alegando salários atrasados, além de outro direitos. Somadas, as ações superam R$ 2 milhões. Uma reunião do Conselho foi marcada para o dia 28 de fevereiro, em que serão prestados os devidos esclarecimentos.

Ainda assim, a notícia caiu como uma bomba no clube. O ex-presidente Vanderlei Pereira se vangloriava de manter os salários em dia – pelo menos esse era o discurso. Com o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro e a esperada queda da receita, a Ponte Preta passa por um momento de instabilidade financeira. O presidente do Conselho Deliberativo, Tagino Alves dos Santos, já convocou Vanderlei e o Gustavo Valio, diretor financeira da antiga e da atual gestão.

Vanderlei Pereira e Gustavo Valio eram, juntos, os principais responsáveis pelas finanças do clube. O Conselho chegou a cogitar a ideia de antecipar os esclarecimentos da antiga gestão para esta terça-feira, já na primeira reunião do ano, mas os protestos da torcida devem manter a discussão apenas para ferreiro.