Paulistão sem Santo André? Líder poderá ficar sem time após parada do COVID-19
Portal FI falou com exclusividade com Edgard Montemor, diretor executivo de futebol do Ramalhão
Portal FI falou com exclusividade com Edgard Montemor, diretor executivo de futebol do Ramalhão
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Santo André, SP, 24 (AFI) – A paralisação futebolística por causa da pandemia do coronavírus começa encher dirigentes, treinadores, jogadores e torcedores de dúvidas. O Santo André, por exemplo, pode ficar sem time para disputar o Campeonato Paulista, caso o Estadual volte a colocar a bola para rolar. A informação foi passada com exclusividade ao Portal Futebol Interior por Edgard Montemor, diretor executivo de futebol do Ramalhão.
“Infelizmente, pode acontecer. Pode acontecer do Santo André não ter equipe para disputar o Paulistão. Se o Paulistão demorar para retornar e retornar em dois, três, quatro meses, fica inviável a participação do Santo André com esse elenco ou com elenco competitivo para brigar pelo título”, revelou o dirigente.
“O Santo André tem força para brigar pelo título, sim, com elenco que tem hoje. Qualquer coisa diferente disso pode tornar inviável a participação competitiva nossa e de várias outras equipes”, completou.
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CONFIRA OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA EXCLUSIVA AO PORTAL FI:
CONTRATOS!
“O Santo André ainda aguarda uma posição oficial da FPF em relação ao retorno ou não da competição.
E o Santo André, não só nós, mas os clubes pequenos que não têm calendário, com certeza. Se essa competição demorar para voltar, os contratos vão terminar.
A maioria, 90% dos atletas do nosso clube têm o contrato terminando em abril. Desde o 7 de abril, que tem dez que terminam, até o final de abril a gente vai ficando com quatro ou cinco jogadores apenas”.
RENOVAÇÃO?
“Não houve nenhuma conversa com os jogadores em relação a prorrogação de contrato porque a gente não sabe se o campeonato volta ou não volta. E caso ele volte e quando ele voltará. Fica inviável renovar um contrato porque a gente não sabe se tem que renovar por um mês, dois, três, quatro. Mesmo porque quanto maior for o tempo de renovação de contrato fica mais difícil para o Santo André fazer isso”.
PARALISAÇÃO!
O Santo André não foi contra a paralisação do Paulistão. O Santo André apenas ficou do lado da proposta de terminar a primeira fase com mais dois jogos. Na ocasião, no dia da reunião, a orientação do Ministério da Saúde, da Secretaria de Saúde do Estado era que aquela semana servisse para todos os setores da sociedade para se adequarem para no dia 23 ter a paralisação total dos serviços e, diante dessa informação, foi sugerido que usasse a semana de transição para fazer os dois últimos jogos. Foi isso que o Santo André defendeu. A partir do momento que as coisas pioraram, o clube é a favor de preservar vidas”.
DENTRO E FORA!
“Essa paralisação afetou bastante em relação a dois fatores. Primeiro dentro de campo porque a gente parou uma competição que éramos lideres e há um bom tempo. E isso atrapalhou bastante. A gente vislumbrava uma classificação. Faltavam três pontos para a classificação sem depender de nenhum resultado”.
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“Fora das quatro linhas, o que acontece em todos os setores, todos em casa, sem saber o que vai acontecer.
Como no segundo semestre a gente joga a Copa Paulista, os contratos são finalizados para atletas, comissão técnica, executivo de futebol, como no meu caso, e a gente fica sem saber o que vai acontecer no futuro.
Para o clube, bem complicado a situação em relação a salários, possíveis premiações. O Santo André também fica de mãos atadas e isso afeta diretamente o orçamento do clube“.
VOLTA DO PAULISTÃO!
“A volta do Paulistão seria o ideal, seria bom que a competição fosse finalizada dentro de campo. Mas tem um prazo pra isso. A gente não pode falar em voltar o Paulistão em junho, em julho, agosto. Fica inviável.
O Santo André gostaria que voltasse desde que a gente consiga passar por esse momento difícil que se encontra em relação à saúde das pessoas. Isso é o mais importante”.
“Passado esse problema de saúde pública, seria ideal que o campeonato voltasse desde que os clubes tivessem condições de participar do campeonato. E o Santo André não tem condições de participar de um campeonato que demore muito a voltar”.