Paulistão: Messias pega 24 do Santos e ignora preconceito 'ultrapassado'
"Acho que hoje em dia no nosso país temos um pouco de preconceito com esse número, mas isso já é ultrapassado"
Com a camisa número 24, escolhida por ele em homenagem ao lendário jogador de basquete Kobe Bryant, morto há três anos em um acidente aéreo
Santos, SP, 20 – O zagueiro Messias foi apresentado oficialmente pelo Santos nesta terça-feira e posou, ao lado do diretor técnico Paulo Roberto Falcão, com a camisa número 24, escolhida por ele em homenagem ao lendário jogador de basquete Kobe Bryant, morto há três anos em um acidente aéreo. Ídolo do Los Angeles Lakers, o ala-armador é a maior inspiração esportiva do novo defensor santista.
No Brasil, o número 24 costuma ser evitado pelos jogadores por ser relacionado à homossexualidade, já que corresponde ao veado no jogo do bicho, e o nome do animal é usado para ofender homossexuais. Apesar disso, há atletas do futebol brasileiro que vestem 24, caso do volante Cantillo, do Corinthians. Para Messias, tal discussão é ultrapassada.
Acompanhe a apresentação do zagueiro Messias, ao vivo! 🐳
— Santos FC (@SantosFC) December 20, 2022
🎥 https://t.co/0lz3J6y7oc pic.twitter.com/LLVc8idXMQ
“Eu sou fã do Kobe Bryant, li alguns livros dele já, e ele se eternizou usando esse número, com o 24, com o 7 também, mas fiz a escolha pelo 24. Acho que hoje em dia no nosso país temos um pouco de preconceito com esse número, mas isso já é ultrapassado. Então, pela mentalidade do Kobe, pela história que ele tem, fiz a escolha por esse número”, afirmou o reforço alvinegro.
Além de ler sobre seu ídolo, o zagueiro tem a leitura como hobby, ao lado da música. “Gosto muito da leitura e gosto de tocar banjo, cavaco. Quando eu estou em casa e minhas filhas não estão dormindo,eu toco um banjo. Faço minhas leituras, gosto de ler. Isso acrescenta muito na minha vida como pessoa e profissional. Procuro evoluir como atleta, pessoa, pai, amigo, filho”, disse.
Messias jogou as duas últimas temporadas no Ceará e foi rebaixado com o clube no Brasileirão deste ano. Embora valorize suas qualidades individuais, diz que receberá com naturalidade a desconfiança que possa vir dos torcedores santistas pelo fato de ter saído direto de um time que caiu para a segunda divisão.
“É natural do torcedor ter essa desconfiança. Infelizmente, fui rebaixado com o Ceará, mas espero conquistar essa confiança do torcedor. Ninguém conquista a confiança de ninguém de imediato, com palavras. Quero conquistar a confiança do torcedor com trabalho, só assim vou conseguir. Com atitudes e atuações dignas, posso conquistar a confiança do torcedor”, disse.
O Santos contratou outro jogador que estava no Ceará, o atacante Mendoza. Também trouxe o meio-campista Dodi, ex- Kashiwa Reysol, e o lateral-direito João Lucas, ex-Cuiabá.