Paulistão: CEO do Guarani desabafa após fracasso pelo acesso: "Antecipei até bicho"

O cartola chegou até pedir desculpa para o torcedor e revelou que pagou "bicho" adiantado para o elenco. Ele foi provocado pela fala de Drubsky ao chegar no Ceará

"Fizemos o possível e o impossível para brigar e para subir", disse Moisés que revelou até valores dos bichos e premiações

Ricardo Moisés, CEO do Guarani (Foto: Foto: Thomaz Marostegan/Guarani)
Ricardo Moisés, CEO do Guarani (Foto: Foto: Thomaz Marostegan/Guarani)

Campinas, SP, 30 (AFI) – Ainda remoendo o fracasso por ter perdido o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro, o CEO Ricardo Moisés fez um desabafo nesta quinta-feira. O cartola chegou até pedir desculpa para o torcedor e revelou que pagou “bicho” adiantado para o elenco. O Guarani estava no G4 até a 31ª rodada, depois foram oito jogos sem vitórias e se despediu da Série B em 10º lugar, com 57 pontos ganhos.

No verdadeiro desabafo, Ricardo Moisés confirmou que a diretoria antecipou bichos no valor de R$ 1,6 milhão, prometeu R$5 milhões pelo acesso e R$ 6 milhões em caso de título.

“Peço desculpas e me sinto envergonhado por tudo que aconteceu, porque até a 31ª rodada a gente estava dentro do G-4 (grupo de acesso). Mas tivemos uma irregularidade…. Fizemos o possível e o impossível para brigar e para subir”, disse em entrevista à Rádio Central de Campinas.

POLÊMICA COM DRUBSCKY

Tudo começou após a polêmica apresentação do executivo Lucas Drubscky, no Ceará. Na coletiva, o dirigente acabou cutucando e até desdenhando do Guarani, seu ex-clube, durante quatro meses, justamente, quando o time decaiu de produção na Série B. Ele substituiu Rodrigo Pastana, que foi demitido do clube num momento delicado, como ficou provado com o decorrer da temporada.

Em sua fala, depois de uma pergunta, Lucas Drubscky foi questionado que o trabalho dele no Guarani não foi bom, ele afirmou que foi contratado pelo CEO bugrino, Ricardo Moisés, com o objetivo apenas de manutenção na Série B do Campeonato Brasileiro e não de acesso.

“No Guarani, chegamos em junho, quando a equipe estava na 11ª ou 12º colocado, com objetivo, orçamento e estrutura para permanência na Série B, já que durante minha chegada em momento algum foi falado pelo CEO Ricardo Moisés que a expectativa era de acesso. Mas, com muito trabalho fomos crescendo e chegamos a brigar. É claro que a última impressão é a que fica, mas o combinado seria a manutenção”, disse o executivo de futebol durante apresentação no Ceará, que ainda completou falando sobre as dificuldades de contratação.
Apesar da choradeira o Guarani não conseguiu reforços de peso para impulsionar o seu acesso. Nem antecipou recursos da CBF como fizeram quatro clubes: Vitória, Juventude, Alético-GO e Sport (único que não subiu). Cada um teria pego R$ 4 milhões da entidade para investir na reta final em seus times.

TENTOU, MAS NÃO CONSEGUIU

“Muitas vezes chegamos até primeiro em possíveis reforços, mas batíamos na barreira econômica sempre. O comprimento nas obrigações financeiras era o objetivo do clube. Mas, o investimentos para contratações ficaram limitadas e por isso, a disparidade com as equipes que estavam brigando pelo acesso ficou de quatro ou cinco vezes mais. Então, não conseguimos contratar reforços à altura”, completou.

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