Paulistão: Água Santa x Palmeiras contou com telão em praça pública de Diadema

Apesar do jogo não ter sido disputado no estádio do clube, a festa dos apoiadores do Água Santa foi feita em uma praça pública de Diadema

Foto: Rebeca Reis/Agência Paulistão
Foto: Rebeca Reis/Agência Paulistão

Diadema, SP, 03 – A vitória do Água Santa sobre o Palmeiras na primeira partida da final do Campeonato Paulista foi celebrada pelos torcedores do clube de Diadema à distância. O estádio da equipe, o Distrital do Inamar, não tem iluminação artificial e só comporta 10 mil lugares, o que fez com que o jogo fosse realocado para a Arena Barueri, em Barueri.

Apesar do jogo não ter sido disputado no estádio do clube, a festa dos apoiadores do Água Santa foi feita em uma praça pública de Diadema. Dentre os torcedores, algumas figuras célebres se destacam. Durante o jogo, era possível escutar a frase “Bora seus ‘remela’, vamos jogar bola!”. Ela foi lembrada por Claudio Mendes, ex-diretor de patrimônio da torcida do Água Santa. Ela era dita todos os dias quando o motorista Reinaldo passava com uma Kombi por volta das 9 horas para buscar a molecada a fim de levá-la para os treinos nos campos de barro de Diadema.

As memórias de infância dos treinos, dos churrascos na laje e da galera levando os uniformes para lavar em casa enchem os olhos de Cláudio de lágrimas.

“Eu vi o Esporte Clube Água Santa ser fundado em 1981 para disputar os torneios de várzea. Ninguém imaginava que o Água chegaria onde está. Mas a gente acreditava”, diz.

Cláudio foi lateral-direito do time na década de 80, quando ainda estava começando a disputar os campeonatos da várzea. Na época, dividia a paixão pelo clube que estava nascendo em Diadema, periferia da grande São Paulo, com o amor que sentia pelo Palmeiras, time fundado por imigrantes da colônia italiana na capital.

“Eu vi o Água Santa crescer e o Palmeiras ganhar muitos títulos. E o melhor de tudo foi acompanhar a história desses clubes e ver meu filho jogar no sub 15 do Água Santa”.

Torcedores do time e do Palmeiras, pai e filho (Claudio Mendes e Bruno Mendes) irão assistir à final em lugares separados. “O meu pai vai assistir ao jogo na torcida do Água Santa. Desta vez, vou ficar em casa torcendo para o time do Abel. Meu pai sempre foi muito mais Água Santa do que Palmeiras”, brinca Bruno. Após o primeiro jogo, Claudio ficou mais otimista com o ‘milagre’. O Água Santa venceu por 2 a 1.

PRAÇA CENTRAL

Há outros diademenses divididos entre a paixão pelo Palmeiras e Água Santa. Francisco Alves, morador da cidade há mais de trinta anos, resolveu assistir ao jogo na praça central. Para ele, qualquer time que ganhar vai ser uma festa. “Imagina só um time que foi fundado para disputar campeonatos de várzea ganhando um título em cima de um clube centenário como o Palmeiras? Eu ficaria muito feliz”, disse. Havia um telão na praça. Teve festa, música e até a exibição do documentário do penta.

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