Paulista A3: Suspeita de manipulação de resultados suspende partidas da Matonense
Por suspeita de manipulação de resultados, as partidas diante do Lemense e Grêmio Prudente, pela 12ª e 13ª, respectivamente, foram suspensas.
Matão, SP, 08 (AFI) – Lanterna do Campeonato Paulista da Série A3, a Matonense sofreu um duro golpe nos tribunais nesta sexta-feira. Por suspeita de manipulação de resultados, as partidas diante do Lemense e Grêmio Prudente, pela 12ª e 13ª, respectivamente, foram suspensas, pelo TJD-SP.
O TJD-SP e a Federação Paulista de Futebol ainda não publicaram o teor da suspensão preventiva, mas o presidente do Lemense, próximo adversário da Matonense, Alexandre Barbosa, em entrevista para a Rádio Tendell, confirmou o motivo da suspensão.
Alguns jogadores, que ainda não foram divulgados, também sofreram a mesma sanção preventiva.
Zulão e SEMA se enfrentariam domingo em Matão, enquanto na quarta-feira, também em casa, encararia o Gavião Carcará, às 15h00.
A princípio, a suspensão preventiva da Matonense tem duração de uma semana, já que os jogos contra União São João (16 de março) e Rio Preto (23 de março) não foram canceladas. Porém, a Sema pode ter a punição estendida nos próximos dias.
A Matonense é a lanterna da A3 e a única equipe que ainda não venceu na competição, somando apenas um ponto, em 11 jogos.
SAUDADE DE GALLI
O que muita gente não sabe é que a Matonense atual está totalmente desvinculada ao empresário Antônio Galli, que por muitos anos defendeu as cores do clube e da cidade de Matão. Estruturou o clube, conquistou muitos títulos e, por isso, recebeu o título simbólico de ‘Presidente de Honra”.
Desde o ano passado, Galli se afastou do futebol por conta de seus afazeres profissionais e também por questões familiares.
O comando do clube teria voltado às mãos de Armando Zavitoski, um advogado bem estabelecido em Matão, e de forte influência com outros dirigentes. O advogado, porém, se manifestou de forma taxativa, garantindo estar afastado desde ano passado.
“Minha relação com a Matonense foi jurídica e até o final de 2023. Nunca tive nenhuma participação na diretoria seja em qualquer cargo, nunca fui gestor ou qualquer outra situação, portanto, o clube não poderia ter voltado às minhas mãos”.
No futebol, porém, as coisas não têm andado bem, principalmente, pelas parcerias firmadas com grupos de fora da cidade. Alguns dizem que são da Bahia, outros do Rio de Janeiro e há quem garanta que são do Paraná. Estes ‘estrangeiros’ teriam aproveitado a brecha para usar o clube com outros fins, no caso a manipulação de jogos, deixando de lado o aspecto técnico do futebol.
O clube é presidido por Aparecido Antônio Gaspar, mais conhecido como Gaspar. Ele quem legitima toda a documentação, inclusive, dos jogadores, embora não participe diretamente da administração e da gerência de futebol. Seria um presidente pró-forma, tipo um ‘laranja’ como se fala no futebol.
O diretor executivo é Luiz Gilioli, contando com a participação do, também diretor, Aires Brasil. Toda a administração fica a cargo de Luiz Augusto, mais conhecido como Luizão.
* O Portal FUTEBOL INTERIOR tentou contato com os atuais dirigentes e não obteve retorno.