Paulista A3: Presidente do Primavera lamenta situação do time: 'fizemos de tudo'

Em queda-livre na tabela, o time não conseguiu firmar nenhuma parceria e segue trabalhando com orçamento reduzido

Em queda-livre na tabela, o time não conseguiu firmar nenhuma parceria e segue trabalhando com orçamento reduzido.

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Indaiatuba, SP, 10 (AFI) – A derrota por 1 a 0 para o Atibaia na tarde da última quarta-feira complicou de vez a vida do Primavera na Série A3 do Campeonato Paulista. O time continua dentro da zona de rebaixamento, com 11 pontos, e caiu da 15ª para a 18ª colocação. Em entrevista à Manoel Messias, da Rádio Correio Esportivo, o presidente do clube, Eliseu Marques, se defendeu de críticas e lembrou que desde o início da competição deixou claro que o time não tinha condições financeiras de montar um time para brigar pela classificação.

“O que cabia a nós, fizemos. Falaram em goleiro contratamos goleiro. Falaram em treinador, contratamos treinador. Falaram que precisava de atacante e contratamos. o Salário está em dia, ninguém está com salário atrasado. Desde o começo eu falei que a montagem do elenco seria para não ser rebaixado. Esse é o primeiro objetivo. Uma classificação,um acesso, seria uma consequência se o time encaixasse. Mas não tá encaixando”, afirmou o mandatário.

Durante o ano passado, o time tinha uma parceria com a empresa Magnum e conseguiu formar um time competitivo. Chegou ao quadrangular final, mas a partir daí caiu de rendimento. Mesmo assim, a torcida cobrou que a diretoria mantivesse a base do time para a edição 2016 da terceira divisão estadual. Mas o clube preferiu a cautela, para se manter estável financeiramente.

Eliseu Marques tentou explicar a atual situação do Primavera. (Foto: Manoel Messias)

Eliseu Marques tentou explicar a atual situação do Primavera. (Foto: Manoel Messias)

“Como eu vou manter um time que vinha com o custo de R$ 140 mil e hoje o clube não me rende mil reais por mês. Quem vai pagar os R$ 140 mil por mês?. Não existe erro. Hoje o time está muito além das condições financeiras que o clube tinha. Não é realidade só do Primavera, É a realidade de todos os times. Se você reparar, todo final de semana tem uma matéria: alguém passando fome, alguém não recebe a três meses. Aqui não, eles tem cinco refeições por dia, o salário está em ordem. Pouco, mas o que agente prometeu a gente está pagando. A gente montou um time dentro da nossa realidade”, explicou.

SEM APOIO

No começo do ano, o Primavera firmou uma parceria com o ex-jogador Vampeta, que trouxe o técnico Jailson Pita e alguns jogadores de suas franquias do Audax. A parceria chegou ao fim e o treinador partiu para o Rio de Janeiro, treinar a versão carioca do clube-empresa. Depois disso, Elton Medina assumiu o comando e por fim, foi substituído por José Luiz Drey.

Sem apoio de um investidor ou parceiro, o Fantasma da Ituana ainda recebeu algumas propostas, mas preferiu não aceitar. De acordo com Eliseu Marques, empresas envolvidas em polêmicas com clubes Itapirense, Paulista de Jundiaí, Grêmio Barueri e São José se apresentaram, mas o clube puxou o histórico e não quis dar sequência às negociações.

“Aí perguntam porque a gente não consegue um parceiro, um investidor. Nós recebemos aqui uns 15. Aquele pessoal que está no São José, que deixou o pessoal passando fome, aquele pessoal que está no Barueri, que deixou o pessoal passando fome, sem salário. Pessoal que tava no Paulista de Jundiaí. Pessoal que estava na Itapirense. Todos vieram aqui nos procurar. Mas qual é a nossa função administrativa? Pesquisar e verificar se as pessoas têm condições técnicas para gerir o futebol e financeira para cumprir o que prometeu”, defendeu-se Marques.

Segundo presidente, as únicas propostas sedutoras para ‘salvar’ o time, envolviam a venda do clube. “Todos que vieram aqui não tinham condições. Os que teriam condições par ajudar, queriam comprar o clube. Mas eu não posso vender algo que não é meu. O Primavera é um patrimônio desportivo e cultural da cidade”, completou.