Patrick promete vibração e cobrança no São Paulo e se esquiva de polêmica
O volante, ex-Internacional, foi apresentado oficialmente pelo São Paulo nesta sexta-feira e prometeu vibração e cobranças no gramado.
São Paulo, SP, 21 – Acostumado a contar com um elenco discreto, muitas vezes até criticado por certa apatia dentro e fora de campo, o técnico Rogério Ceni deve ter em Patrick um representante do seu estilo mais participativo e cobrador dos tempos de jogador. O volante, ex-Internacional, foi apresentado oficialmente pelo São Paulo nesta sexta-feira e prometeu vibração e cobranças no gramado.
“Sou um cara emotivo, principalmente na partida. Para mim, quanto mais eu estiver vibrando, dentro do jogo, melhor para a minha performance. Vou brigar com juiz, vou tentar dar meu melhor pelo São Paulo”, disse o jogador, que recebeu a camisa número 88. “Sou muito transparente com meus sentimentos. A cobrança é natural, tem que acontecer dentro do grupo, no intervalo de um jogo, se a equipe não está bem, tem que se cobrar para melhorar.”
Com estilo de liderança, Patrick avisou que também estará pronto para receber as críticas. “Todos têm que ter esse direito, essa atitude. Caso termine um primeiro tempo ruim, que se cobre e levante a nossa moral e busque nosso resultado. Não quero carregar esse fardo de chegar e mexer no vestiário, mas a gente tem que se cobrar para poder evoluir. Evoluindo, brigando e se ajudando, quem ganha é o São Paulo.”
O volante também comentou sobre sua trajetória no Internacional, no qual foi vice-campeão da Copa do Brasil, em 2019, e do Brasileirão, em 2020, mas se esquivou de uma polêmica. No ano passado, ele exibiu para a torcida do Inter dois caixões com as cores do Grêmio ao fim de uma vitória no clássico, por 1 a 0, pelo Brasileirão. Na época, o rival estava perto do rebaixamento à Série B. E o gesto quase causou uma briga generalizada com os jogadores gremistas.
No São Paulo, ele vai reencontrar dois ex-atletas do Grêmio: o lateral Rafinha e o meia-atacante Alisson, com os quais vai dividir o vestiário agora. “Sobre a conversa (com o São Paulo) sobre o caixão, acho que não teve e não precisa ter. É outra fase, outro ciclo, passou. O pensamento é no São Paulo. A gente fala sobre a equipe, o dia a dia, os companheiros. Esse assunto não vai entrar em campo. Não precisam mais perguntar. O Rafinha é multicampeão, terei a honra de ter ao lado, vou tentar aproveitar a qualidade.”
Com contrato até o fim de 2023, Patrick se colocou à disposição de Rogério Ceni para jogar em diferentes posições no meio-campo. “As primeiras conversas com o Rogério Ceni foram boas. Ele expôs suas vontades e pensamentos, e me coloquei à disposição. Ele sabe que posso jogar como volante por dentro ou aberto, conhece as minhas características e está avaliando”, comentou.
“De acordo com o esquema tático, ele vai conversar sobre posicionamento. Ele me deixou à vontade pra dar opinião. Sou de trabalhar, de batalhar no dia a dia. Se aparecer a vaga aberto na esquerda, vou fazer, se for dois volantes, vou fazer. Meu foco é, como todos já sabem que faço essas funções, no que ele precisar eu estar pronto para ajudar.”