Paradoxos do futebol ajudaram a Ponte; melhor para Eduardo Baptista, de volta

Vem aí a eliminação da Ponte

Paradoxos do futebol ajudaram a Ponte; melhor para Eduardo Baptista, de volta

0002050268773 img

Ninguém, absolutamente ninguém consegue explicar os paradoxos do futebol. E tome como exemplo a vitória da Ponte Preta sobre o Sport Recife por 1 a 0, na noite desta quarta-feira, em Campinas, pela Copa Sul-Americana.

Por mais paradoxal que pareça, como explicar um público de 3.890 torcedores – maioria massacrante de pontepretano – se sabia-se da extrema dificuldade de o time mandante reverter vantagem por 3 a 1 aplicada pelo visitante durante o primeiro confronto?

Eduardo Baptista: boa escolha da Macaca

Eduardo Baptista: boa escolha da Macaca

Paradoxo porque o reflexo foi de uma vitória de estilo chocho: ganhou e não levou. A Ponte precisava de dois gols de diferença, missão complicada para quem passou vergonha sábado passado no Estádio Moisés Lucarelli, na derrota para o lanterna Atlético Goianiense por 3 a 1.

Igualmente paradoxo porque tecnicamente não houve a mínima evolução, exceto o espírito guerreiro dos jogadores pontepretanos. E essa obstinação resultou em bolas espirradas na área adversária, gol do atacante Lucca aos 16 minutos do primeiro tempo, e chances reais de se alcançar os necessários dois gols de diferença.

Justifica-se, claro, críticas ácidas a goleiros e defensores quando falham. Paradoxalmente, o tratamento é diferenciado quando o centroavante perde dois gols incríveis, cara a cara com o goleiro adversário, e chuta a bola em cima dele.

Por que não recai sobre o perdedor de gols a mesma crítica contundente?

LÉO GAMALHO

Nesses paradoxos do futebol insere-se Léo Gamalho, cujas finalizações – uma em cada tempo – foram barradas por Magrão.

O mais paradoxo nas perdas dos gols de Léo Gamalho é que, se tivesse perícia para apenas deslocar a bola do goleiro, haveria um perde e ganha para a Ponte Preta se garantisse a classificação.

De um lado ela continuaria recebendo bolada financeira recomendável da Conmebol, mas isso implicaria em significativo prejuízo no aspecto técnico.

Uma viagem a Colômbia, por exemplo, só serviria para cansar um elenco que precisa urgentemente se revigorar no Campeonato Brasileiro, para tentar garantir sobrevivência.

EDUARDO BAPTISTA

Em um dos camarotes do Estádio Moisés Lucarelli, o novo treinador da Ponte Preta, Eduardo Baptista, jamais diria até ao seu maior confidente que tudo havia saído de forma salutar para a sequência da equipe no Campeonato Brasileiro, visto que dia mais, dia menos, a Sul-Americana seria relegada.

O risco iminente de rebaixamento não oferece condições de a Ponte navegar em duas canoas, principalmente com a montagem de um elenco limitadíssimo.

Nesta quinta-feira, uma das primeiras providências de Eduardo Baptista seria chamar o lateral-direito Nino Paraíba para uma conversa olho no olho, e reprimi-lo duramente pela falta desnecessária e irresponsável que cometeu, implicando no segundo cartão amarelo e a consequente expulsão nesta partida contra o Sport, aos 34 minutos do primeiro tempo.

O último paradoxo foi a não contratação do treinador Oswaldo Alvarez, o Vadão, como sucessor de Gilson Kleina. Paradoxalmente Eduardo Baptista, tido como fora do páreo porque não trabalharia mais nesta temporada, repensou e está de volta.