Palmeiras comemora lucro e Ponte Preta contabiliza prejuízo
Enquanto um grande clube 'nada de braçada', o médio agoniza, sem que seja criada uma situação para que o quadro seja parcialmente revertido
Com o torcedor palmeirense em êxtase pela iminência do título Brasileiro, a diretoria explorou o momento para esfolar o bolso dele.
Campinas, SP, 3 (AFI) – Já estão disponibilizadas duas novas colunas de áudio do quadro Memórias do Futebol, uma produção sobre personagens do passado que marcaram histórias no ramo.
Treinador Antonio Carlos Zago, há três anos fora do Brasil, brilhou como zagueiros em grandes clubes. Logo, o passado dele, enquanto atleta, é recapitulado.
Por onde anda o ex-atacante Paulo Rink? Sim, aquele mesmo que fez notável dupla de ataque com Oséas, no Athletico Paranaense, e ganhou dupla nacionalidade para jogar na seleção da Alemanha. Eis aí outro personagem.
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MUNDO ESTÁ PERDIDO
Saudosos intérpretes Tião Carreiro e Pardinho formaram umas das mais famosas duplas sertanejas raiz do Brasil, décadas passadas.
Em 1979 gravaram a música ‘A vaca já foi pro brejo’, composta pelo próprio Tião Carreiro em companhia de Lourival dos Santos e Vicente Machado, sem que considerassem que à época o brejo ainda estava distante, pois apenas agora o atoleiro criou problema para as patas dela.
A primeira estrofe da música já ‘sentenciava’ aquilo que estaria por vir:
‘Mundo velho está perdido; já não endireita mais; os filhos de hoje em dia já não obedecem os pais.
É o começo do fim; já estou vendo sinais; metade da mocidade está virando marginais.
É um bando de serpente; os mocinhos vão à frente e as mocinhas vão atrás’.
Esta composição reflete com clareza a atualidade, e não necessariamente décadas passadas.
O inconformismo de milhões de brasileiros com a liberação de um então condenado pela Justiça, para disputar e vencer as eleições presidenciais, resultou em alvoroço Brasil afora, com manifestações pacíficas e outras nem tanto nos últimos dias, e ainda gerando incerteza sobre aquilo que está por vir.
PALMEIRAS
No campo esportivo, com o torcedor palmeirense em êxtase pela iminência do título do Campeonato Brasileiro, a diretoria do clube explorou o momento para esfolar o bolso dele.
Como se diz na gíria, ‘carcou a faca’ nos preços dos ingressos, visando o jogo contra o Fortaleza, no Allianz Park, quarta-feira passada.
Num momento de inadiável proximidade do torcedor à equipe, para comemoração do título antecipado da competição, ela decidiu reajustar os preços dos ingressos em cerca de R$ 100 comparativamente ao jogo anterior, em que o visitante foi o Avaí.
Assim, o bilhete mais barato na partida com o Fortaleza custou R$ 220 (Gol Norte), enquanto o mais caro foi vendido por R$ 430 (Central Oeste).
LUCRO ENORME
Como 29.104 torcedores enfrentaram aquele desproporcional reajuste nos preços de ingressos, a renda do jogo atingiu R$ 3.675.069.
Assim, mesmo após a fatiada de descontos obrigatórios, ainda sobrou fatia ‘gorda’ para o Palmeiras, do total líquido.
Pois vejam, então, a contrastante situação da Ponte Preta em relação ao Palmeiras.
Na semana passada ela recepcionou o Criciúma, e do irrisório público de 1.122 pagantes e renda de R$ 15.680, o cálculo necessariamente passou sobre o montante de prejuízo naquela empreitada.
Esse é o retrato preconizado pelo sertanejo Tião Carreiro, quando a vaca vai pro brejo.
Enquanto um grande clube ‘nada de braçada’, o médio agoniza, sem que seja criada uma situação para que o quadro seja parcialmente revertido, até porque torcedor, hoje, é movido por resultados. Só se faz presente na certeza de resposta de sua equipe em campo.
Mesmo considerando-se essa realidade, algo precisa ser feito para aumento gradativo de público em jogos das equipes de Campinas, para se evitar, futuramente, dias tenebrosos.