Outro Tite, nunca mais. Chega de fazer o torcedor sofrer

Que a CBF não tenha nenhuma pressa para indicar o sucessor de Tite. É preciso pensar muito bem o que fazer para mudar o atual cenário.

Técnico de seleção não deve ser tratado como um deus. Deve ser tratado como um empregado graduado, que vai montar uma nova seleção

Tite na Seleção Brasileira
Tite acumulou erros que floresceram no Catar. (Foto: Reprodução/ CBF TV)

São Paulo, SP, 11 (AFI) – Acho que vocês vão entender o que eu quero dizer. Já que o Tite caiu fora, a diretoria da CBF deve trabalhar com muita calma até definir seu substituto. Nada de oferecer bilhões, viagens a toda parte do mundo, hotéis e alimentação de milionário e filho como assessor direto.

Negócio, a partir de agora, devia ser contratar um novo treinador por um bom salário e uma comissão técnica reduzida para recuperar o tempo e o dinheiro perdido com Tite e construir um projeto que realmente possa levar o Brasil a uma final de Mundial em 2026.

Técnico de seleção não deve ser tratado como um deus. Deve ser tratado como um empregado graduado, que vai montar uma nova seleção e não seja tão badalado quando se classificar para a próxima Copa, pois isso não é mais que sua obrigação.

AS SONDAGENS
Com a saída de Tite já começaram a inventar notícias dando como certa a contratação de Fernando Diniz para o lugar do técnico que saiu. Errado. Diniz é daqueles sonhadores que gostam de ver seu time jogar bonito, mas sem nenhuma obrigação de ganhar títulos. Em seleção isso seria imperdoável. 

Ainda mais agora que nossa fila sem título aumentou em quatro anos. Vamos parar de brincar. Vamos trabalhar sério e com os pés no chão. O Brasil não tem há muito tempo o melhor futebol do mundo. A CBF tem vivido do passado. Chega.

Vamos começar do zero e fazer um trabalho sério e criterioso a longo prazo. Só assim teremos a chance de chegar novamente a uma final de Copa e até ter a chance de ganhar mais um título mundial. Sem seriedade e humildade, nada dará certo e o Brasil vai continuar a marcar passo na busca do tão sonhado hexa. que Tite cansou de prometer.

TITE NA BASE DA BALELA

E já que falamos de seleção, vamos falar mais um pouco de Tite. O cara botou banca quando depois de ser desclassificado na Rússia, disse que aceitaria ficar mais quatro anos no cargo porque, assim, teria a chance de fazer um trabalho que poderia dar ao Brasil o hexacampeonato.

Uma balela do treinador que, na verdade, só queria ficar mais quatro anos no cargo. Para começar ele montou um grupo que só dizia amém a tudo que ele fazia e chegou a convencer até alguns jornalistas da pesada de que ele era sim o técnico ideal para dirigir nossa seleção em busca do hexa.

Aos poucos, no entanto, foi mostrando sua cara e afastando do trabalho alguns jogadores e assessores que não lhe eram simpáticos e passou a chamar só atletas que rezavam na sua cartilha. E quando foi obrigado perto da Copa a convocar o excelente Pedro, do Flamengo, o colocou na lista de convocados mas pouco o utilizou.

Um erro grave, porque Pedro, se apoiado como devia, certamente jogaria tão bem como o faz no Flamengo. E mais. Tite deveria também ter levado Gabigol, que é o responsável pela maioria dos seus e dos gols feitos por Pedro.no rubro negro carioca.

Numa dessas, quando percebesse que o ataque da seleção não produzia o esperado, poderia escalar a dupla rubro negra Gabigol-Pedro no ataque brasileiro e aproveitaria o super entrosamento dos dois para melhorar o poder ofensivo da seleção. Mas Tite queimou Gabigol como jogador da seleção e prejudicou o Brasil de contar na Copa com a melhor dupla de atacantes do futebol do País neste momento.

NEYMAR ATRÁS? NÃO.

Outro erro crasso de Tite, foi mandar Neymar jogar atrás. Neymar bom é aquele que faz jogadas fantásticas como a que terminou em gol brasileiro diante da Croácia. Mas foi uma vez só. Tite preferiu segurar Neymar lá atrás, longe do gol, quando todo mundo sabia que o jogador do PSG deveria mesmo era jogar lá na frente, onde aterroriza os zagueiros adversários e faz gols de placa como fez diante do time croata. Outro erro foi manter Fred no elenco. Fred não é hoje titular nem do seu clube, o Manchester United.

Como é que um reserva de clube pode ser titular de uma seleção brasileira num campeonato tão importante quanto é um Mundial? Outra falha do treinador foi levar Daniel Alves, com quase 40 anos e sem nenhuma condição física ou técnica para jogar numa seleção. Na verdade, Daniel soube fazer a média com Tite e quase o obrigou a convocá-lo. 

Só que um treinador de seleção não pode e não deve convocar um atleta por ter muita amizade com ele. Mas Tite deixou a ética de lado e fez questão de levar Daniel para o Catar.

Uma vaga que poderia ter sido aproveitada para levar Gabigol, como disse lá em cima. Diante de todos esses mandos e desmandos, vejam só o que aconteceu.

Tite ficou seis anos à frente da seleção e não ganhou nada que preste. No que se refere a Copas, ele foi desclassificado duas vezes nas quartas de final, numa prova inconteste de sua incompetência e do seu despreparo para dirigir nossa Seleção.

E é justamente isso que não quero que a CBF faça agora quando vai indicar o substituto de Tite na seleção.

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