Osmar Guarnelli escreveu história na zaga da Ponte Preta

Jorge Osmar Guarnelli foi protagonista de um dérbi campineiro singular com a camisa três da Ponte Preta em 1983

Osmar Guarnelli escreve história na zaga da Ponte Preta

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Jorge Osmar Guarnelli foi protagonista de um dérbi campineiro singular com a camisa três da Ponte Preta em 1983, no Estádio Brinco de Ouro, pelo Campeonato Paulista.

Exatos 30 segundos de bola rolando o lateral-direito Édson Abobrão, da Ponte Preta, acertou pontapé violento no meia Neto do Guarani, com intuito de intimidá-lo.

Projetava que fosse advertido quer verbalmente, quer com cartão amarelo, mas o árbitro Almir Ricci Peixoto Laguna mostrou-lhe diretamente o cartão vermelho, estrangulando planos táticos do então treinador Cilinho que, para recompor a posição, colocou em campo o lateral ambidestro Everaldo e sacou o atacante Valmir.

Todavia, bastaram seis minutos para que a Ponte surpreendesse. Em bola parada alçada à área bugrina, Osmar Guarnelli testou de forma indefensável: 1 a 0.

Natural que a partir de então fosse um bombardeio do Guarani à área pontepretana, mas Osmar Guarnelli se encarregou de interceptar a maioria das bolas e a sua equipe sustentou a vantagem.

FAMA

Se naquele mesmo ano o zagueiro chegou à Ponte Preta precedido de fama pela regularidade, caiu de vez no gosto da torcida, com carreira estendida por mais três anos.

Após encerramento daquele ciclo, migrou à função de treinador no Uberlândia, e retornou à Ponte Preta em 1989 para dirigir equipe alternativa.

Por outras três vezes ele voltou ao clube, a última no triênio 2003-2005 nos juniores, quando ficou internado em coma induzido no Hospital Municipal Mário Gatti, em Campinas.

Durante festa realizada na sede social do clube ele sofreu uma queda, desmaiou e sofreu traumatismo craniano.

ARÁBIA SAUDITA

Ainda como treinador ele trabalhou no futebol goiano, interior paulista, pequenas equipes carioca, e Al Jabalain da Arábia Saudita.

Natural do Rio de Janeiro, Osmar Guarnelli foi promovido à equipe principal do Botafogo em 1972, aos 20 anos de idade, formando dupla de zaga ora com Brito, ora Leônidas.

Foi o ano de dupla experiência no selecionado brasileiro: convocado por Zagallo ao grupo principal à Taça da Independência e participação nos Jogos Olímpicos de Munique como titular absoluto.

Ao deixar o Botafogo em 1979, teve trajetória vitoriosa no Atlético Mineiro, quando foi companheiro de Luizinho no miolo de zaga.