Onde Anda: Arinelson, ex-meia de Santos, Guarani e Flamengo

jogadores que surgem como grande promessa, mas que se perdem pelo caminho Campinas, SP, 25 (AFI) – O Onde Anda desta semana traz mais um daqueles e caem no esquecimento. Estamos falando do meia Arinelson, de 37 anos, que ganhou projeção nacional pelo Santos, na década de 90, e vai desfilar seu futebol pelo Sergipe, durante o Campeonato Sergipano. O jogador foi anunciado como reforço, nesta quarta-feira.

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Arinelson Freire Nunes nasceu no dia 27 de janeiro de 1973, na quente e úmida cidade de Belém (PA). Apesar de ser natural do Norte, o meia canhoto e habilidoso despertou para o futebol no outro extremo do país, a região Sul, mais precisamento no Iraty, do Paraná.

Era ele quem comandava aquela equipe que tinha entre outros, Auecione, Paulinho e Rogerinho. As boas atuações do jogador despertaram a atenção do técnico Vanderlei Luxemburgo, que decidiu levá-lo ao Santos, em 1997. O Peixe pagou R$ 969 mil pelo passe do atleta. A negociação gerou grande polêmica, após o treinador ser acusado de ter abocanhado 30% do acordo. Acusações à parte, Arinelson não demorou muito a estourar no Alvinegro

praiano. Com dribles, arrancadas e um chute preciso na perna esquerda, o jogador logo conquistou o coração dos torcedores santistas, que ainda “choravam” a perda do ídolo Giovanni ao Barcelona-ESP.Na época em que indicou o meio-campista ao Santos, Luxemburgo chegou a

resumir o estilo de jogo dele da seguinte forma: “é uma mistura de Beckenbauer com Maradona”. Não demorou muito, porém, para a derrocada começar. Na Vila Belmiro, foram apenas 28 jogos e sete gols.Sem o mesmo rendimento de outrora, Arinelson foi perdendo espaços aos poucos

e a situação ficou ainda mais crítica, com a saída de Luxemburgo para o Corinthians, em 2008. Na reserva do Peixe, ele acabou emprestado nos anos seguintes a Flamengo, Guarani e Fluminense. Em todos, porém, não passou de mero coadjuvante.

Sem sucesso nestas outras equipes importantes do país, o meia passou a perambular pelo “submundo” do futebol. Defendeu América-RJ, Matonense-SP e Anápolis-GO. Até que foi parar no Botafogo-RJ, onde mais uma vez pouco apareceu.

“Queimado” em solo brasileiro, o jogador optou por tentar ganhar algum no exterior e aceitou, em 2001, uma proposta do Jeonbuk Hyundai Motors, da Coréia do Sul. No ano seguinte, ele se transferiu para o Ulsan Hyundai Horang-i, do mesmo país.

De volta ao Brasil em 2003, o jogador voltou a atuar quase sempre sem sucesso algum em times menor expressão ou então que não estavam em evidência. Foi assim no Olaria-RJ, Paysandu, Remo, Bandeirante-SP, Tuna Luso-PA, Inter de Limeira, Sport Belém-PA e Ananindeua-PA, seu último clube até 2008.

Depois de quase dois anos longe dos gramados, Arinelson tenta reecontrar-se já com quase 40 anos. Sua missão, contudo, não será das mais fáceis. O Sergipe, seu novo clube, é o lanterna do Campeonato Sergipano, com três pontos e corre sérios riscos de rebaixamento.