São Paulo, SP, 16 (AFI) – Neymar deixou a Seleção Brasileira dizendo que não disputaria mais nenhum torneio ou campeonato com a verde e amarela. Copa, então, nunca mais. Acho que sua decisão deve ser respeitada e entendida. A verdade é que, se não computarmos Eliminatórias em que o Brasil sempre joga contra o vento (com exceção da Argentina) e de torneios como a Copa América (que prá mim não vale nada), Neymar praticamente não ganhou nada importante vestindo a camisa brasileira.

Em Copas, em particular, foi uma autêntica decepção. Nunca conseguiu jogar pela seleção o que jogou pelo Santos, pelo Barcelona e pelo PSG. Nas duas primeiras Copas do Mundo que participou, teve sérios problemas com contusões. Nesta última, jogou muito abaixo do que teria condições de produzir. Como desculpa ele poderia dizer que jogou fora de suas características, muito atrás dos outros atacantes, como se fosse um meia armador.

Ainda assim, durante os jogos de que participou, nunca produziu o que está acostumado a produzir no PSG. A única vez em que foi mesmo aquele Neymar dos clubes, foi nos Jogos Olímpicos do Brasil, em 2014. Ele foi disparado o melhor jogador do time brasileiro nas partidas daquele Torneio Olímpico. Pelo menos nesta disputa, marcou seu nome na história da seleção e do futebol brasileiro.

E SEU SUBSTITUTO ?

E quem poderia substituí-lo? Há alguém com tanto talento para ocupar seu lugar? Com as mesmas características é difícil indicar alguém. Mas existem sim jogadores de excelente nível que o futuro treinador poderá indicar para substituir Neymar.

Um deles é Vini Junior, do Real Madrid. Outro é Endrick, que o Palmeiras acaba de vender para o Real. Há ainda Rodrigo, que tem provado no Real, seu talento como meia ou atacante. A todos eles falta apenas um pouco mais de experiência e, aquele que for escolhido pelo novo treinador da seleção, certamente vai crescer de produção e até a próxima Copa poderá executar a mesma função de Neymar.

Isso sem falar de uma porção de outros meias e atacantes que o Brasil já tem em atividade e que só precisam amadurecer para atingir o ponto ideal de assumir essa responsabilidade como jogador da Seleção. Além de procurar um substituto para Neymar, o novo técnico vai precisar também achar substitutos para outros jogadores que disputaram a Copa do Catar e não poderão estar na de 2026.

HORA DE MUDAR
Acho que já está na hora, por exemplo, de substituir os goleiros atuais que, com mais quatro anos, já estarão bem envelhecidos. É preciso também escolher os laterais, esquerdo e direito, e aqueles que vão compor o miolo de zaga.

Acho que Thiago Silva já era. Disputou três Copas e não ganhou nenhuma. Já no primeiro amistoso do Brasil no ano que vem, o novo treinador tem obrigação de convocar dois bons zagueiros para ocupar as vagas daqueles que não tem mais condições de jogar pela Seleção do Brasil.

No meio de campo há dúvidas. Será, por exemplo, que Casemiro poderá encarar nova Copa daqui a quatro anos produzindo todo o futebol que sabe hoje? Acho difícil. Melhor é começar a procurar outro para a posição. Para completar o meio campo será necessário escolher um bom meia de armação que saiba também fazer gols e mais um volante de contenção.

NO ATAQUE
No ataque acredito que Raphinha, apesar de não ser tão velho, já mostrou que não tem futebol para ser titular da seleção. Gabriel Jesus também não me convence mais. Richarlison ainda merece uma continuidade. Pedro, do Flamengo, também.

Fica evidente, portanto, que nos próximos anos, o novo técnico terá que fazer uma completa reformulação no elenco brasileiro. Inclusive precisa mudar e alternar esquemas táticos. Fazer como Tite, que mantinha sempre o mesmo esquema, não dá resultado. É preciso inovar, modernizar.

IDEIAS BEM AVANÇADAS
Por isso o novo treinador precisa ter experiência e ideias bem avançadas. Não pode ser medroso, porque o futebol brasileiro sempre foi ofensivo e ousado. Em minha opinião. acho que chegou a hora do Brasil ter um treinador estrangeiro.

Guardiola, por exemplo. Ele tem o perfil exato que considero ideal para dirigir nossa seleção. Se não for ele, um que tenha currículo próximo ao dele. Insistir com os nomes de Fernando Diniz ou Rogério Ceni, é pensar muito pequeno.

O Brasil tem um futebol de gigante e merece um treinador do mesmo nível.

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