OLIMPÍADAS: Brasil perde após expulsão de Marta, mas avança às quartas

A expulsão de Marta se deu após voadora em Olga Carmona no estádio de Bordeaux

O Brasil encarará o primeiro colocado do Grupo A, que pode ser Colômbia, França ou Canadá

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Brasil perde para Espanha

Campinas, SP, 31 (AFI) – Contra a favorita Espanha, o Brasil perdeu por 2 a 0 no futebol feminino, mas avançou às quartas de final da Olimpíada de Paris. Depois de um bom início defensivamente, a partida pode ter marcado a despedida de Marta, expulsa nos acréscimos do primeiro tempo, que disputa seus últimos Jogos em Paris. Se não avançar ao menos até a semifinal, foi a despedida de Marta.

AVANÇOU EM TERCEIRO

A seleção brasileira termina fase de grupos em terceiro lugar no Grupo C. Pelo regulamento, além dos dois primeiros de cada chave, as duas melhores seleções avançam às quartas.

O Brasil só avançou porque um pouco depois, os Estados Unidos e a Alemanha venceram seus jogos. Com isso, quem ficou em terceiro do Grupo B foi a Austrália, com os mesmos três pontos do Brasil, mas com -3 de saldo. A seleção brasileira ficou com -2.

O Brasil encarará o primeiro colocado do Grupo A, que pode ser Colômbia, França ou Canadá.

COMO FOI O JOGO

A expulsão de Marta se deu após voadora em Olga Carmona no estádio de Bordeaux. Logo após o lance, ainda no chão, a meia foi aos prantos, percebendo a intensidade do lance, e foi auxiliada por suas companheiras. Para avançar no torneio, precisará ‘secar’ Alemanha, Austrália e Canadá, que jogam ainda nesta quarta-feira.

Terceiro jogo seguido que Arthur Elias, treinador da seleção brasileira, muda a formação inicial para a partida. Em relação à última partida diante do Japão, a equipe teve sete mudanças no time titular – incluindo o retorno de Tamires. Contra a Espanha, o treinador optou por se reforçar defensivamente e, no primeiro momento, evitar a derrota – que dificultaria a classificação da seleção às quartas.

Já classificada, Montse Tomé, treinadora da seleção espanhola, poupou uma série de titulares para o jogo, como Aitana Bonmatí, campeã mundial em 2023.

MARTA EXPULSA

Nos primeiros minutos, o plano do treinador funcionou. Compacto e com as linhas baixas, a seleção espanhola centralizava as ações ofensivas em jogadas aéreas. Pelo ar, a Espanha chegou a ir às redes com Lucía García, mas a arbitragem marcou impedimento de Patri Guijarro.

No ataque pouco antes disso, foi o Brasil quem levou o primeiro perigo, depois de Laia Codina fazer o corte no passe de Ludmila e acertar a trave espanhola. Mas postado no 5-4-1, a seleção pouco criou ao longo do primeiro tempo, mesmo precisando da vitória ou do empate para avançar sem depender de outros resultados.

Ao longo do jogo, no entanto, a seleção espanhola tomou controle da partida. Lorena e Tarciane, em cima da linha, evitaram que o placar fosse aberto; do outro lado, mesmo com Marta como titular e a entrada de Ludmila no ataque, o Brasil não conseguia criar qualquer jogada de efeito, encolhido ao campo de defesa.

A expulsão de Marta, na reta final do segundo tempo, foi o ponto de virada da partida. Depois de um cruzamento da Espanha na grande área, Marta perde o tempo da bola e acerta um chute na cabeça de Olga Carmona. Logo após o lance, a camisa 10 começou a chorar em campo, percebendo a intensidade da falta e que seria expulsa da partida. Essa pode ser sua despedida da seleção, caso o Brasil não avance nas Olimpíadas.

NÃO DEU!

Se com 11 em campo o Brasil se fechava, com a superioridade numérica espanhola Arthur Elias não mudou seu esquema de jogo. Mesmo com a vitória do Japão diante da Nigéria, a seleção continuava dependendo apenas de um empate para avançar nas Olimpíadas e adiar a despedida de Marta.

Assim como a bola na trave no segundo tempo, o Brasil foi quem criou as primeiras chances na segunda etapa. No contra-ataque, Ludmila e Kerolin forçaram boas defesas da goleira Cata Coll. Mas no geral, o segundo tempo foi menos movimentado, visto que a seleção espanhola não tinha necessidade de se arriscar em campo.

Lorena, que salvou o Brasil na primeira etapa, falhou depois de cruzamento de Mariona Caldentey. A bola chegou a desviar em Adriana, mas Athenea empurrou para as redes após rebote da arqueira brasileira.

Abatido em campo, o Brasil pouco conseguiu fazer, estando atrás do placar e com uma jogadora a menos. À frente do marcador, a Espanha continuou dominando o jogo, em ritmo de treino das campeãs mundiais. Ao todo, a seleção de Arthur Elias teve apenas dois chutes a gol.

O Brasil ainda teve 15 minutos de acréscimo, em função dos atendimentos à goleira Lorena e Cata Coll, que também precisou ser substituída. Mesmo com esse tempo extra, foi a Espanha quem esteve mais próxima de ampliar o placar, com defesas da arqueira brasileira. Na reta final, a ausência de Marta em campo prejudicou os contra-ataques e qualquer potencial criativo da seleção brasileira. No último lance, a Espanha ainda ampliou o placar com Alexias Putellas.

FINALIZADO
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Japão
3 1
unnamed file 1664
Nigéria
FINALIZADO
unnamed file 1740
Zâmbia
1 4
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Alemanha
FINALIZADO
unnamed file 1660
Austrália
1 2
unnamed file 1650
Estados Unidos
FINALIZADO
unnamed file 1684
Colômbia
0 1
unnamed file 1688
Canadá
FINALIZADO
unnamed file 1665
Nova Zelândia
1 2
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França

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