Campinas, SP, 31 (AFI) – Parceiro Léo-PR havia me intimado a conferir a primeira partida da final do Campeonato Paranaense, em Maringá, com vitória de virada do Coritiba por 2 a 1, na noite desta quarta-feira.
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Pois acompanhei a boleirada correndo debaixo de chuva, e informo que o centroavante Alemão – aquele mesmo de passagem por Ponte Preta e Guarani – marcou o gol inaugural do time da casa, mas volto ao tema oportunamente.

Até imaginei que pudesse fazer tudo misturado com a decisão do Paulistão, mas o São Paulo ‘roubou’ a cena do noticiário esportivo ao praticar um futebol de quem está com gana do título, ao emplacar 3 a 1 sobre o Palmeiras também nesta quarta-feira, no Estádio do Morumbi.

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VAR

Que jogo eletrizante, principalmente no segundo tempo!

Aos contestadores do VAR, eis a prova explícita da validade dele neste jogo.

No primeiro gol do São Paulo, em pênalti convertido pelo centroavante Calleri, a imagem em tempo real, após cruzamento vindo da esquerda do ataque são-paulino, a bola bateu no braço direito do lateral Marcos Rocha, colado ao corpo.

Todavia, incontinente o atleta toca na bola com o braço esquerdo e o pênalti fica caracterizado.

ROGÉRIO CENI

Por vezes, no futebol é preciso dar tempo ao tempo.

No início da competição chegaram a questionar o trabalho do treinador Rogério Ceni.

Pois agora resta saber se aqueles mesmo conseguem enxergar como o time é bem trabalhado taticamente?

A transição ao ataque é feita em bloco e com velocidade.

Triangulações pelos lados do campo, com ultrapassagem de um jogador que busca o fundo, foram repetidas aos montes, principalmente pelo direito do ataque.

E isso representou um dos pontos de desequilíbrio do time palmeirense, pois seus jogadores não conseguiram neutralizar essas jogadas.

Assim nasceu o segundo gol são-paulino, outra vez em finalização de fora da área, uma especialidade do garoto Pablo Maia, revelado pela base do clube.

O atleta tem boa pontaria, mas de certo treina à exaustão esse quesito, assim como seus companheiros também arriscam finalizações neste estilo.

Terceiro gol foi fruto de jogada ensaiada em cobrança de escanteio, quando alguém escora de cabeça a bola cruzada no primeiro pau, para complemento de quem aparece no segundo.

E quem apareceu para completar o lance foi Calleri, que tem essa característica.

‘QUERO MAIS’

Se é praxe no futebol o clube que alcança a vantagem no transcorrer de partida optar por administrá-la, com Rogério Ceni o São Paulo parece insaciável.

Projeto de se defender em bloco independe do resultado, pra dificultar penetração do adversário.

De posse de bola, e sempre compactado, o São Paulo avança suas linhas e busca a área adversária, para ampliar a vantagem.

DUDU

Alguns dirão que os principais jogadores do Palmeiras como Dudu, Rafael Veiga e Zé Rafael não reeditaram o rendimento costumeiro, mas é preciso colocar na conta disso a dura marcação que receberam.

Por sinal, o corajoso treinador palmeirense Abel Ferreira não se omitiu ao sacar Dudu aos 24 minutos do segundo tempo, com a constatação de que o seu atleta havia sido anulado em campo.

Coincidência ou não, o gol de honra do Palmeiras foi reflexo de jogada pelo lado direito, que não funcionava com Dudu. Em cobrança de falta de Rafael Veiga, desvio em Calleri, a bola entrou.

TUDO ABERTO

Claro que o São Paulo vai para o segundo e decisivo confronto contra o Palmeiras – e na condição de visitante – com larga vantagem de dois gols de diferença, mas na prática pode-se assegurar que está tudo aberto.

Caso reedite as suas incríveis performances, o Palmeiras tem plenas chances de neutralizar a vantagem são-paulina.

Aguardemos!

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