Novo gestor do São Caetano já deu 'calote' em parceiro de Pelé por problema em SC
Fernando Rocha Garcia era presidente do Balneário Camboriú FC até 'sumir' da cidade
Fernando Rocha Garcia era presidente do Balneário Camboriú FC até 'sumir' da cidade
São Caetano do Sul – O empresário Fernando Rocha Garcia, diretor-proprietário da Detrilog Construções e Serviços Ambientais, se tornou o novo homem forte do futebol do São Caetano ao assumir um passivo na faixa dos R$ 20 milhões. Segundo o clube, o formato do negócio, sem prazo de vencimento, será de parceria.
PROBLEMAS NO PASSADO
Apesar da parceria ser vista como a ‘salvação’ do São Caetano, que por muito pouco não desistiu de disputar a Série D do Campeonato Brasileiro, poucos sabem do passado do empresário Fernando Rocha Garcia, conhecido por ter dado um ‘boicote’ em Pepe, ex-Santos e principal companheiro de Pelé, e em todos envolvidos no projeto Balneário Camboriú FC.
Em 2007, Fernando Rocha Garcia, então presidente do Balneário Camboriú, abandonou o clube e deixou a cidade alegando que procuraria recursos. Neste meio tempo, o clube foi despejado do hotel que mantinha os jogadores, teve a alimentação vetada pelo restaurante que a agremiação costumava frequentar, fora as dívidas em cima de salários atrasados.
FORA DA DISPUTA
Através do vice-presidente e ex-jogador Edmundo Fialek, o clube abriu mão de disputar a Segunda Divisão do Campeonato Catarinense, no qual vinha fazendo uma campanha interessante, com um empate e duas vitória em três jogos realizados até então. Com isso, o Balneário Camboriú durou poucos meses.
“Ele nos ofereceu um bom projeto, de longo prazo. Acabei gostando do desafio e aceitei. Estou no futebol há mais de 50 anos. Já tomei alguns calotes, claro, mas nada parecido com isso”, falou Pepe, na época.
Além de Pepe, o filho Pepinho e o preparador físico Marcelo Rossi reclamaram do desaparecimento do até então presidente. Este último, inclusive, registrou um Boletim de Ocorrência contra Fernando Rocha Garcia.
“Sou uma pessoa honesta. Gostaria que todos os atletas permanecessem no time para que eu possa honrar os compromissos. Vim para São Paulo resolver alguns problemas de receita. Se houver desistência do campeonato, isso vai gerar vários prejuízos para o clube e isso vai demorar porque é como fechar uma empresa”, falou, na oportunidade, ao Estadão.
SAÍDA POLÍTICA
Especula-se ainda que Fernando Rocha Garcia estaria ligado a Nairo Ferreira de Souza, que presidiu o São Caetano por 25 anos. O ex-mandatário teria influência no clube a fim de seguir à frente da gestão, sem sofrer pressão por parte da nova diretoria ou até mesmo da torcida.
Mesmo porque as ações do clube-empresa estão no nome de Nairo Ferreira, que as transferiria para seu substituto.
O Portal Futebol Interior tentou entrar em contato com o empresário para esclarecer as questões, mas não obteve resposta.