Novo acordo entre Conmebol e Uefa abre portas para treinadores brasileiros na Europa
Os presidentes das entidades celebraram a nova aliança na última quinta-feira (22)
Conmebol e Uefa celebraram novo acordo para formação de técnicos de futebol
Campinas, SP, 23 (AFI) – Foi anunciado, na última quinta-feira (22), um novo acordo entre Uefa e Conmebol para capacitação de treinadores da América do Sul e da Europa. A mudança permite maior integração no futebol entre os dois continentes.
A alteração na dinâmica de validação dos técnicos foi um pedido do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, que reivindicava, justamente, mais espaço para os brasileiros o exterior.
Os presidentes das instituições, Alejandro Dominguez e Aleksander Ceferin, se reuniram em Doha, no Catar, para oficializar a resolução.
COMO ERA ATÉ ENTÃO
Antes da unificação, para que um treinador da América do Sul pudesse atuar em clubes da Europa, era preciso que o profissional tivesse, além da formação da Conmebol, 5 anos de trabalho na Série A do Campeonato Brasileiro.
Essa exigência diminuía muito as oportunidades para que os técnicos brasileiros mostrassem seu trabalho no exterior. É o caso de Guto Ferreira, atual treinador do Goiás, Mazola Júnior, na Portuguesa, entre tantos outros que, mesmo recebendo propostas de clubes europeus, eram impedidos de exercer a função no continente.
O QUE MUDA COM O NOVO ACORDO
Com o novo acordo entre as instituições, os cursos feitos em países ligados à Conmebol, como os da CBF, por exemplo, passam a ser reconhecidos pela Uefa para que os profissionais comandem equipes da Europa.
A mudança é muito importante para fomentar a integração do futebol entre os continentes, já que antes essa reciprocidade era inexistente. O Brasil sempre aceitou treinadores com o certificado da federação europeia, mas o contrário não era permitido.
É interessante ressaltar que, caso essa exigência também valesse para o futebol brasileiro, técnicos como Abel Ferreira, António Oliveira e Gustavo Morínigo não poderiam assumir as equipes daqui, já que não tinham cinco anos de atuação no país de origem.
Haverá, ainda, uma padronização dos cursos, adotando requisitos mínimos, critérios e regras de formação e capacitação, estabelecidos pelas entidades.
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