No título do Independiente sobre o Flamengo, garoto de 18 anos ’rouba’ a cena
Time argentino soube sustentar o empate por 1 a 0 e comemorou a conquista no Rio de Janeiro
No título do Independiente sobre o Flamengo, garoto de 18 anos ’rouba’ a cena
Naquele show de imagens da TV Globo, na noite desta quarta-feira no Estádio do Maracanã, foram flagrados torcedores flamenguistas olhando para o vazio quando o sonho da conquista da competição foi pras ‘cucuias’.
Antes disso, torcedor brasileiro em geral de certo se sensibilizou com a tensão daqueles fanáticos rubro-negros, nas arquibancadas, que tentavam colocar a bola ao gol adversário no sopro, e não conseguiam.
Esse empate por 1 a 1 resultou no título da Sul-Americana aos argentinos do Independiente, e vamos transportar aos catedráticos da opinião o espaço pra que dissertem sobre esquema tático, tentativa extremamente ousada do treinador colombiano Reinaldo Rueda de encher o time flamenguista de atacantes, e tudo em vão.
De certo haverá lamentação dos gols perdidos, o último deles através do zagueiro Réver aos 47 minutos do segundo tempo.
BARCO: 18 ANOS DE IDADE
Todavia, o foco do espaço desta decisão no Rio de Janeiro é o garoto Barco, 18 anos de idade, que desmistifica o ‘medaço’ da treinadorzada de lançar garotos.
Barco parecia um veterano brincando com bola. Só no balanço já deixava o adversário pra trás. A facilidade para mudar de rumo quando arrancava com a bola impressionou.
E quando o atacante Everton do Flamengo foi improvisado na lateral-esquerda, Barco ‘deitou e rolou’ literalmente. Transformou-se num inferno à defensiva flamenguista.
Até o experiente zagueiro Juan, do Flamengo, teve que apelar feio para não permitir que o argentino ganhasse jogada já nos acréscimos, e ficasse na cara do gol.
Barcos mostrou à treinadorzada e analistas de futebol zelosos ao lançamento de jogadores jovens que idade no futebol é coisa relativa, exceção, claro, aos veteranos que fazem número em campo.
Barco mostrou que futebol é pra quem sabe, e quem sabe tem coragem pra pegar a bola e cobrar pênalti com naturalidade, como ocorreu no gol de empate de sua equipe, fruto de imprudência do volante Cuellar do Flamengo, que cometeu falta dentro da área desnecessariamente aos 40 minutos do primeiro tempo.
Se é que resta consolo aos torcedores do Flamengo, foi a constatação que o time lutou bravamente na tentativa de reverter a vantagem do Independiente, mas encontrou um adversário igualmente determinado, compactado, que valorizou a posse de bola e catimbeiro.
Além de tudo isso, contou com o jovem e talentoso Barco. Sim, nome no singular.