No São Paulo, Ceni fica inconformado, triste e frustrado

"Eu venho para a entrevista, mas não queria estar aqui. Tivemos uma situação de jogo bem planejada, mas falhamos por falta de concentração. A responsabilidade é minha".

Considerou que o time teve uma atuação tática 'perfeita' durante 90 minutos, mas sofreu dois gols nos acréscimos por falta de atenção.

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Rogério Ceni elogiou o plano de jogo. Foto: saopaulofc -Rubens Chiri

São Paulo, SP, 20 – Visivelmente abatido, Rogério Ceni admitiu após a derrota de virada para o Palmeiras que não queria estar na entrevista coletiva. O técnico estava ‘inconformado, triste, chateado e frustrado’ com o resultado, mas considerou que o time teve uma atuação tática ‘perfeita’ durante 90 minutos, mas sofreu dois gols nos acréscimos por falta de atenção.

“Eu venho para a entrevista, mas não queria estar aqui. Tivemos uma situação de jogo bem planejada, escolhemos ter o time mais alto no fim, mas falhamos por falta de concentração. A responsabilidade é minha. Carrego para mim. O que podia ser feito hoje, foi feito. Bola parada é difícil você controlar, É coisa dentro de campo. O time controlou quase o tempo todo. Tomamos sete gols no segundo tempo em sete jogos. Vamos tentar descobrir o motivo disso”, disse o treinador.

Ceni afirmou que o resultado da partida poderá ser analisado de duas formas. “Tivemos uma partida até os 90 minutos, quando vencemos por 1 a 0. E os acréscimos, quando levamos dois gols em bolas paradas.”

SAÍDA DE CALLERI

O treinador justificou a saída de Calleri, único a segurar a bola no campo de ataque do São Paulo, e a entrada de Miranda. “Calleri foi substituído porque estava muito desgastado e eu poderia ter estourado o jogador fisicamente. No fim estávamos com os quatro melhores cabeceadores em campo. O planejamento foi bem feito e o time fez o máximo.”

Ceni não concordou quando questionado se o time sofre psicologicamente. “O São Paulo não tem sido vencedor, foi massacrado nos últimos anos por causa de pessoas que não cuidaram do clube como deveriam. As pessoas fazem o que podem para tentar recolocar o São Paulo onde ele merece, ma isso não se não faz do dia para noite.”

Ele concordou com a vaia ao fim da partida.

“A vaia se deu pelos dois gols no acréscimos. Vaiar é o direito que o torcedor tem. Você acha que eu vou conformado para casa? Vou dormir? Neutralizamos o jogo inteiro, vou embora frustrado, triste, chateado.”

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