Eurocopa: Nike e Adidas representam 70% dos fornecedores de uniformes da competição

Para o torneio, a Adidas, junto com a Bélgica, decidiu apostar novamente em uma referência popular.

Das 16 equipes que disputarão a Copa América, que estreia no final do mês, nos Estados Unidos, 11 são patrocinadas por Nike ou Adidas

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Foto: Divulgação

São Paulo, SP , 14 (AFI) – As fornecedoras de material esportivo Nike e Adidas dominam os patrocínios dos uniformes na Eurocopa 2024. Das 24 seleções participantes, 15 são representadas por uma das empresas, sendo 9 times da companhia norte-americana e 6 da fabricante alemã. Isso corresponde a uma predominância de mais de 60% das duas marcas na competição, que começa nesta sexta-feira (14) e será disputada em Munique, na Alemanha.

A Nike conta com as seleções de Croácia, Eslováquia, Eslovênia, França, Holanda, Inglaterra, Polônia, Portugal e Turquia; já a Adidas com Alemanha, Bélgica, Escócia, Espanha, Hungria e Itália; a Puma patrocina as equipes de Áustria, República Tcheca, Sérvia e Suíça; a fabricante italiana Macron produz uniformes para Albânia e Geórgia; a fornecedora Joma, da Espanha, conta com as seleções de Romênia e Ucrânia e, por fim, a alemã Hummel é a fornecedora do time da Dinamarca. 

Para o torneio, a Adidas, junto com a Bélgica, decidiu apostar novamente em uma referência popular. A marca produziu o uniforme reserva da seleção inspirado no personagem Tintim, de “As Aventuras de Tintim”, ícone popular belga e famoso no mundo inteiro. O manto é azul claro, mesma cor da vestimenta do personagem principal. É a terceira camisa que a equipe utiliza para homenagens. Na Eurocopa de 2016, referenciou o ciclismo, um dos principais esportes do país. Já na Copa do Mundo de 2022, a coleção foi inspirada no festival Tomorrowland, que nasceu em território belga. 

“Camisas que referenciam elementos da cultura pop, de modo geral, acabam tendo uma grande aderência entre os fãs. Por isso, são importantes no processo de expansão da marca, pois mostra que a equipe tem um grande potencial de exposição em diversas áreas”, discorre Adriano Hintze, membro Conselho de Administração e responsável pelo departamento de marketing do Guarani, que recentemente lançou um uniforme em homenagem às celebridades do K-pop, valorizando a cultura asiática.

Diferente do que costuma acontecer com os clubes, observa-se que nenhuma seleção fabrica seu próprio uniforme, sendo todas as equipes patrocinadas por alguma marca do mercado. Para Fernando Kleimmann, sócio-diretor da Volt Sport, empresa de material esportivo 100% brasileira, que conta com mais de 10 times parceiros nas séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro, quando se trata de seleções mundiais, há uma valorização maior da camisa, o que torna essas peças mais atrativas para os fabricantes.

“As seleções são únicas. É um conjunto dos melhores jogadores de cada país, que estão representando mundialmente suas respectivas nações. O futebol é o esporte mais popular do mundo, então, as equipes nacionais sempre vão contar com grande aderência dos fãs. Isso, além de outros fatores, como história, rivalidade entre os países e demais influências externas, faz com que o peso desses uniformes seja naturalmente maior, por isso há essa valorização”, comenta o executivo. 

No continente americano, o mesmo fenômeno acontece. Das 16 equipes que disputarão a Copa América, que estreia no final do mês, nos Estados Unidos, 11 são patrocinadas por Nike ou Adidas, representando os mesmos 70% da Europa. A única diferença é que, neste cenário, a fabricante alemã leva a vantagem, com 8 times. Puma e Marathon patrocinam duas seleções e a Rebook fica com apenas uma instituição.

“A abrangência internacional que as seleções possuem é um fator de muita atratividade para as marcas. Por mais que o futebol possa não ser o esporte principal de todos os países, é a modalidade mais famosa do mundo. Não só isso, mas também o fato de reunir os melhores jogadores e disputar competições de alto nível, torna o produto mais vistoso. Essas competições são grandes oportunidades para empresas que buscam internacionalizar a marca e conversar com diferentes tipos de público.”, ressalta Artur Mahmoud, Diretor de Negócios da End to End.

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