'Neymar e eu prometemos que íamos voltar juntos', diz o lateral-direito Danilo

Convocado por Tite para ser titular da ala direita, ele se machucou no mesmo dia que o atacante e recuperou-se no mesmo prazo

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'Neymar e eu prometemos que íamos voltar juntos', diz o lateral-direito Danilo. (Lucas Figueiredo/CBF)

São Paulo, SP, 06 – Os olhos de quase todo mundo estavam voltados para o retorno de Neymar à seleção brasileira, mas outro jogador que também teve lesão ligamentar no tornozelo e que voltou a campo nesta segunda-feira pela Copa do Mundo foi personagem da partida: Danilo.

Convocado por Tite para ser titular da ala direita, ele se machucou no mesmo dia que o atacante, recuperou-se no mesmo prazo e, assim como Neymar, voltou ao Mundial às pressas para resolver um problema do time. Improvisado na esquerda, saiu-se bem diante dos coreanos e confirmou sua importância para o restante da Copa do Mundo.

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‘Neymar e eu prometemos que íamos voltar juntos’, diz o lateral-direito Danilo. (Lucas Figueiredo/CBF)

Assim como o companheiro de ataque, Danilo lesionou um ligamento no tornozelo logo na estreia do Brasil na Copa do Mundo, na vitória por 2 a 0 diante da Sérvia. No dia seguinte, iniciou a fisioterapia e fez um pacto com o craque da seleção. “Prometemos que iríamos voltar juntos, que a gente ia trabalhar 25 horas (sic) por dia para poder voltar juntos, e assim foi”, disse o lateral após a vitória.

Mais do que a dor física pela contusão, a lesão na estreia fez Danilo voltar quatro anos no tempo e reviver um momento muito difícil que tivera no Mundial da Rússia. À época, ele seria o titular da lateral direita, mas sofreu uma lesão de quadril que o deixou de fora do segundo e do terceiro jogos. Ficou no banco nas oitavas, e logo depois sofreu outra lesão – também no tornozelo esquerdo, como agora. Foi cortado.

Há 11 dias, ao ter a contusão diagnosticada, Danilo teve medo de um novo corte. “Passou um fantasma na minha cabeça. Na Copa passada eu fiquei fora por lesão, e nessa, nos primeiros dias, eu tinha muita dor no pé”, contou. “Mas não facilito, não. Eu disse que ia melhorar 1% a cada hora do dia, e assim foi. Confiei no meu corpo e também no trabalho dos médicos. Estou 110% pronto para o restante da competição.”

POSIÇÃO FAMILIAR

Em circunstâncias normais, Danilo provavelmente teria tido mais uns dias de transição da fisioterapia para o campo, mas a necessidade de escalar alguém pelo lado esquerdo acabou fazendo com que a comissão técnica da seleção agilizasse o processo. Não que ele tenha jogado no sacrifício diante da Coreia do Sul – Tite ressaltou na véspera que só colocaria em campo quem estivesse com totais condições clínicas -, mas o lateral ainda não estava fisicamente preparado para jogar 90 minutos.

O problema é que o lateral-esquerdo Alex Sandro ainda se recupera de lesão muscular no quadril, e o reserva imediato, Alex Telles, foi cortado por lesão. Sem nenhuma outra opção, o técnico tinha de escolher entre um improviso ou um “quase improviso”. Optou pela segunda opção.

“Jogar na lateral esquerda não é nenhum problema para mim. Joguei muitíssimas vezes aí na minha carreira, e eu me arranjo”, disse. No passado, Danilo atuou por aquele lado na própria Juventus e no seu ex-clube, o Manchester City. Ele aprovou seu desempenho com os coreanos. “Estou muito satisfeito. Foi uma felicidade realmente muito grande por ter tido tempo de me recuperar, estar dentro de campo e poder ajudar outra vez.”

Sobre a goleada, o lateral-direito/esquerdo destacou o fato de ela ter sido construída logo nos primeiros 35 minutos de jogo. “Foi importante, porque demonstra que a gente entra na partida muito agressivos, querendo jogar com posse de bola. Deu certo, a primeira bola passou e a gente conseguiu tranquilidade para o resto da partida”, pontuou.

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