Não se deixe enganar pelos números da Ponte Preta
Não se deixe enganar pelos números da Ponte Preta
Não se deixe enganar pelos números da Ponte Preta
Abaixo, postagem sobre a demissão do treinador Thiago Carpini, do Guarani
A entrada da Ponte Preta no G4 do Campeonato Brasileiro da Série B, com a vitória por 2 a 1 sobre o Sampaio Corrêa, pode ser motivo de júbilo para o seu fanático torcedor, que acalenta mais uma vez o sonho de acesso ao Brasileirão da próxima temporada.
Pode ser paradoxo, mas a Ponte não merece elogios pelo desempenho mostrado na noite deste sábado em São Luís, capital maranhense.
E mais: não se deixe enganar pela campanha, pois era obrigação vencer os seus três últimos adversários, casos de Oeste, CSA e Sampaio Corrêa.
Como vitórias trazem confiança e ajudam consideravelmente para o bom ambiente, que a Ponte saiba tirar proveito disso quando iniciar o enfrentamento contra adversários mais competitivos, a começar pelo Paraná na próxima terça-feira.
PÊNALTI INEXISTENTE
Empurra-empurra na área tem sido coisa corriqueira no futebol durante cobranças de escanteios, e raramente árbitros ousam marcar pênaltis.
Pois o pernambucano Tiago Nascimento dos Santos interpretou que houve agarrão de André Luís, do Sampaio Corrêa, sobre o zagueiro Wellington Carvalho, da Ponte Preta, e marcou pênalti inexistente, convertido pelo meia João Paulo aos 29 minutos do primeiro tempo.
Até então via-se incompreensível timidez da Ponte Preta contra um abusado Sampaio Corrêa, que já havia atingido a trave do goleiro Ivan, e o atacante Caio Dantas desperdiçado chance clara de gol.
SEGUNDO PÊNALTI
Pois essa mesma Ponte Preta ainda tímida ganhou de presente um pênalti infantilmente cometido pelo zagueiro Marcão sobre Matheus Peixoto, e novamente João Paulo ampliou o placar para 2 a 0, aos 45 minutos.
Evidente que por mais que os maranhenses se esforçassem – e por menos que a Ponte continuasse jogando -, havia maior possibilidade de sustentação da vantagem no transcorrer do segundo tempo, porém com um gol para os mandantes quando o desajuste do miolo de zaga pontepretano foi notório.
ALISSON
Como a zaga pontepretana estava amarelada durante o primeiro tempo e o cartão de Wellington Carvalho foi o terceiro, o treinador João Brigatti decidiu sacá-lo no intervalo para ‘canchar’ o substituto imediato que é Alissson.
Ocorre que Alisson é limitadíssimo, raramente deixa de cometer faltas nas disputas, e com isso o miolo de zaga da Ponte ficou ainda mais vulnerável.
Foi um risco que Brigatti poderia ter evitado com aquela substituição, pois em quatro oportunidades claras de gol, o Sampaio converteu apenas uma, através de André Luís.
Em descuido da zaga, Marcinho, livre, cabeceou para fora. Daniel Penha foi testar e tocou na bola com o ombro, facilitando a defesa de Ivan. E Caio Dantas exigiu segura defesa do goleiro pontepretano.
Ora, um time mais qualificado desperdiçaria tantas chances?
Enquanto isso, a única diferença da Ponte do segundo para o primeiro tempo é que rodou um pouco mais a bola, e até teve chance clara para marcar, porém desperdiçada pelo atacante Matheus Peixoto, que continua devendo melhor rendimento.
AJUSTES
Contra o Paraná, o raciocínio lógico é de temeridade na hipótese da insistência com Alisson como substituto de Wellington Carvalho, suspenso.
Não teve sentido a escalação do lateral-esquerdo Ernandes para fazer dobra na função com Lazaroni, contra o Sampaio Corrêa.
Claro está, também, a necessidade de se repensar urgentemente sobre proteção à cabeça de área.
Se Luís Oyama tem convencido com a bola nos pés, claro está que não é desarmador, e que Neto Moura não tem sido uma coisa, nem outra.
Portanto, que a Ponte não durma nos louros de uma campanha numericamente satisfatória, mas na prática com o time ainda dependendo de ajustes.