Não foi só o Palmeiras, a torcida também teve um dia ruim na Libertadores

Os torcedores tentaram, mas não conseguiram ser uma só voz no dia da queda

Faltou sintonia para os torcedores do Verdão no empate por 2 a 2 com o Athletico

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A Libertadores de 2022 estava diferente para o Palmeiras. Após a “ventania” no estádio Centenário, os palmeirenses abraçaram o time em busca da terceira conquista consecutiva da América de uma forma surreal. A “torcida que canta e vibra” realmente não se calava. Foi assim na Fase de Grupos – e olha que o Palmeiras deitou e rolou.

A vibração continuou frente ao Cerro Porteño e ficou mais evidente ainda na classificação considerada impossível – por tudo que envolveu o jogo em questão -, diante do Atlético-MG. Com dois homens a menos, não importa. A torcida cantou a nova música: “Vamo pra cima, Porco!”, o tempo inteiro.

O único momento em que o estádio se calou foi quando Rony bateu o pênalti, que levou para as alternadas. Depois, voltou tudo ao normal e a classificação veio, pela raça dos jogadores, inflamados pelos gritos dos mais de 40 mil torcedores presentes nas arquibancadas.

Diante do Athletico, foi diferente. Todos têm um dia ruim, a da torcida do Palmeiras foi na última terça-feira. É bem verdade que gritaram, tentaram levantar o time, mas a sincronia não era a mesma daquela que empurrou os jogadores na classificação improvável contra o Galo. Os jogadores elogiaram o apoio, não à toa, mas há detalhes a serem levantados.

O estádio demorou para encher, muitos torcedores chegaram atrasados. O coro da torcida não estava em sincronia. O estádio não era um, eram duas vozes que se misturavam e não davam o mesmo efeito de outrora, talvez até incomodados com os torcedores do Athletico, que fizeram um barulho muito maior do que os do Atlético-MG.

Um lado do estádio começava a cantar, o outro lado estava no meio da mesma música e foi assim praticamente o jogo todo. Houve indefinição de qual música cantar. Enquanto a Mancha Verde, optava por uma, boa parte da torcida escolhia outra.

Em momentos, os gritos dos “torcedores comuns” foram mais fortes, fazendo a Mancha Verde mudar e seguir o coro da maioria. O que levou essa falta de sintonia? O pessimismo com o resultado em Curitiba? Não sei, acredito que só tenha sido um dia ruim para os palmeirenses, assim como foi para Murilo ou até mesmo para o goleiro Weverton, que não pegou na bola.

Mas a diferença para os últimos dois jogos em casa do Palmeiras na Libertadores foi evidente. Contra o Atlético-MG, todos eram um. Na eliminação, não foi bem assim. Agora é juntar os cacos, pois o título do Brasileirão está perto e para conquistá-lo, a sintonia precisa voltar no Allianz Parque.

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