Nada a lamentar; Ponte Preta foi até longe demais

Empate com Avaí apaga sonho de acesso do time pontepretano

Nada a lamentar; Ponte Preta foi até longe demais

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Sorte tem limite. A arrancada da Ponte Preta nas mãos do treinador Gilson Kleina teve muito a ver com sorte, porque na prática o time não tinha bola para garantir o acesso. Por isso, não se pode lamentar a quinta colocação neste Campeonato Brasileiro da Série B.

O empate sem gols com o Avaí na tarde deste sábado no Estádio Ressacada, em Florianópolis (SC), teve muito a ver com a proposta do time mandante de se resguardar e sustentar o empate que lhe interessava, no intuito de acesso ao Brasileirão 2019, provavelmente acreditando na inoperância da Ponte Preta.

Aí, quando se pede que a Ponte proponha o jogo, falta criatividade e capacidade técnica ao time, prova disso que ao longo da partida criou apenas duas chances: cabeçada fraca do atacante Júnior Santos, para defesa do atabalhoado goleiro Rubinho, durante o primeiro tempo.

E, aos 50 minutos do segundo tempo, nos pés do atacante Victor Rangel, a Ponte teve chance de marcar o gol do acesso, mas ele demorou para finalizar e foi travado.

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TRANSPIRAÇÃO

Reconhece-se que a Ponte foi briosa e lutou principalmente durante o segundo tempo para tentar se superar, mas apesar da pobreza técnica da competição, cobra-se um pouco mais de qualidade para se atingir o objetivo de subir ao Brasileirão.

Sem qualidade pelos lados do campo para organizar jogadas, e com o meia Matheus Vargas apagado, Júnior Santos e André Luís foram absorvidos com facilidade pela marcação.

A Ponte só teve um pouco de impetuosidade ofensiva com as substituições feitas pelo treinador Gilson Kleina, ao trocar Júnior Santos por Roberto, e ousar na troca do volante de contenção Nathan por Igor Vinícius, jogador de mais mobilidade.

AVAI PRECAVIDO

Dois motivos implicaram em jogo fraquíssimo durante o primeiro tempo.

Choveu bastante até os 30 minutos aproximadamente, e isso implicou em prejuízo às duas equipes.

O Avaí não quis se expor e, nas poucas vezes que avançou, se esbarrou na boa marcação pontepretana.

Por sua vez, para evitar risco, a Ponte igualmente não se atirou ao ataque antes do intervalo, e por isso o jogo foi morno, com maior posse de bola do Avaí.

REMONTAGEM DA EQUIPE

Como o empate só interessava ao mandante, a Ponte teve que ser mais ousada no segundo tempo, mas aí foi aquela repetição vista pelos torcedores ao longo da competição.

Por isso, que os dirigentes não se iludam com esse elenco pontepretano, inegavelmente fraco.

São raros os jogadores em condições de permanecer no elenco para a próxima temporada.

Iludiram-se com o lateral-esquerdo Danilo Barcelos, jogador fraco na marcação e incapaz de dar um drible para criar espaços ofensivos.

Razoável é o zagueiro Reginaldo, e limitadíssimos o volante Nathan, meia Thiago Real, e atacantes Júnior Santos e Victor Rangel.