Na véspera do Dérbi 201, associados do Guarani aprovam construção do Brinquinho
Associados aprovam construção do Mini Estádio em terreno próximo à Rodovia dos Bandeirantes
O futuro reserva ao Guarani o fim do Brinco de Ouro e a construção de um estádio pequeno para 12 mil torcedores
Campinas, SP, 16 (AFI) – Na véspera do Dérbi 201 a notícia não é nada boa para o torcedor bugrino e para o futuro do Guarani. Os associados seguem um rito que no final vai dar cabo ao estádio Brinco de Ouro da Princesa. Na noite desta quarta-feira, em Assembleia Geral Extraordinária, os associados aprovaram a utilização do terreno pertencente ao clube na Rodovia dos Bandeirantes para que seja construído o novo e ‘pequeno’ estádio do clube. Desde já, chamado pelos rivais pontepretanos, de ‘Brinquinho’.
A assessoria divulgou este fato dramático para a história do clube centenário como “os equipamentos devidos como parte de pagamento pela alienação judicial do complexo onde hoje encontra-se o Estádio Brinco de Ouro da Princesa”.
MAIORIA APROVA
Dos 545 associados aptos à votação, cerca de 40% participaram e o resultado apontou 181 votos pela aprovação e 39 pela reprovação. Para a massacrante vitória da votação, um desastre para o patrimônio do clube, não votaram os oito membros da Comissão Imobiliária.
Segundo estes mesmos membros, “os estudos em relação ao projeto continuam e as demais decisões em relação a Arena, Centro de Treinamento e Clube Social também passarão por aprovação dos associados no futuro”.
NÃO ERA DIVULGADO
Mas existem muitos pontos polêmicos na construção de um novo estádio e para a consequente desocupação de mais de 80 mil metros quadrados do Brinco de Ouro.
O discurso de antigos dirigentes e dos arrematadores – do Grupo Magnum (MMG) que pertence a Roberto Graziano – era que o Brinco de Ouro só seria desocupado após a entrega de um novo estádio, com capacidade para 20 a 30 mil torcedores, além de um complexo poliesportivo e centro de treinamento.
Além disso, uma nova área seria responsabilidade do mesmo Grupo Magnum (MMG), que estaria, na época (2015), procurando terreno na região de Barão Geraldo, distrito de Campinas, depois perto da D.Pedro e até na região de Indaiatuba.
CONTRATO DRACONIANO
Acontece, porém, muita diferença entre o discurso e a prática. Só anos depois é que cláusulas contidas em contrato são reveladas ou conhecidas e não correspondem àquele antigo discurso.
Por exemplo: o Grupo Magnum (MMG) não precisa comprar uma área; o novo estádio será para apenas 12 mil torcedores e ninguém sabe onde serão dispostos o complexo poliesportivo e novo Centro de Treinamento.
A saída inicial é aproveitar a área do clube perto da Rodovia dos Bandeirantes, adquirida na gestão de José Luiz Lourencetti, em princípio, para servir como um novo centro de treinamento do clube no início dos anos 2010. A mesma área, em princípio, não poderia ser utilizada por não atender as leis de meio ambiente.
A área tem 35 mil metros quadrados, portanto, representa bem menos da metade dos 80 mil metros do atual Brinco de Ouro. A MMG teria agora somente a obrigação contratual de construir um estádio para 12 mil torcedores. Mas o projeto apresentado aos associados é de um estádio bem maior e ao estilo de uma arena. (veja abaixo)
RUÍNAS E NUVENS NEGRAS
No meio de tantas incertezas, como a origem de recursos para a construção destes ‘novos equipamentos’, fica a certeza de que o patrimônio do Guarani sofreu um forte abalo e que, no futuro, deve interferir diretamente na sua performance dentro de campo.
O arremate do Brinco de Ouro em 2014 anunciado como uma ‘salvação para o Guarani’ se transformou na verdade numa destruição do patrimônio do clube. Em plena pandemia, o grupo Magnum (MMG) já conseguiu na prefeitura municipal de Campinas o alvará para a demolição da ‘casa dos bugrinos’. A previsão é de nuvens negras para os próximos anos.
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