Na Ponte Preta, aqueles que cobram são os primeiros que deveriam ser cobrados

Gílson Kleina e Gustavo Bueno cobram melhor rendimento da equipe

Na Ponte Preta, aqueles que cobram são os primeiros que deveriam ser cobrados

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Nos meus tempos de Campeonato Amador, em Campinas, já tive treinadores que não falavam coisa com coisa, antes das partidas, ou nos intervalos.

Aí, boleiros que exerciam liderança – e com refinado conhecimento de futebol – reuniam um grupinho em campo e falavam. “Não vamos dar ouvidos pro homem que sequer escala direito o time’.

Presumo que boleiros rodados e ainda correspondendo no time pontepretano devem ter pensado como meus ex-companheiros de bola no amadorismo.

Kleina perdeu o rumo na Macaca

Kleina perdeu o rumo na Macaca

Ora, quando o quarto árbitro ergue a plaqueta indicando a entrada em campo de Claudinho no time da Ponte, impossível imaginar que haverá alguma vantagem.

Até o torcedor com entendimento mediano de futebol solta um palavrão contra o treinador.

KLEINA

A tal cobrança enérgica do treinador Gílson Kleina e gerente de futebol Gustavo Bueno, na terça-feira, é um método tão antigo quanto ao surgimento do futebol.

Cobrança deve ocorrer diuturnamente. E quando se constata queda de rendimento físico do atleta, através de medição nos modernos aparelhos, é preciso discernimento sobre os reais motivos e aplicar a devida correção.

Cobrança acintosa quando o caldo engrossa, como agora, cheira tentativa de transferência de responsabilidade, como se ambos não fossem os principais culpados pelo estado de coisa: um contrata mal e joga dinheiro do clube no ralo; outro escala mal e treina mal.

O blá-blá-blá de mais dedicação, empenho e cobrança teve endereço mais direcionado para Claudinho, Maranhão e Élton.

Sim, de Élton pode-se esperar mais, mas o que cobrar de Maranhão e Claudinho, assim como Léo Artur?

Mesmo se fossem maratonistas de nada adiantaria a correria, porque abusam do direito de errar com a bola nos pés.

Se todos sabem disso, por que o treinador os escala?

BUENO

Aí, quando o gerente de futebol Gustavo Bueno ajudou Kleina na cobrança, não seria espanto imaginar aquilo que passou na cabeça de boleiros que andam correspondendo no time da Ponte.

Claro que não cometeriam insubordinação de externar o pensamento, mas de certo imaginaram como alguém que contrata tão mal, que não justifica o cargo que ocupa, ainda tem a petulância de cobrar rendimento de quem não tem condições de oferecer mais?

Insisto que melhor seria demitir o treinador Kleina agora, porque claramente não conseguiu organizar o time, apesar das reconhecidas limitações no elenco.

Já que querem apostar em reviravolta sem mexidas, torçam para a sorte ajudar. Assim, aos trancos e barrancos talvez consigam salvar a Ponte do rebaixamento.

E ainda perguntam por que o torcedor pontepretano abandonou o clube, se ausentando do estádio?