Mulher que acusa Daniel Alves está tomando coquetel antiviral, diz advogada

Ester García López ainda afirma que sua cliente não ingeriu bebidas alcoólicas na noite em que foi vítima da agressão sexual

Advogada da mulher que acusa Daniel Alves de estupro, afirmou que a vítima está tomando um coquetel antiviral para evitar infecções sexualmente transmissíveis

Justiça espanhola decreta prisão de Daniel Alves por suspeita de agressão sexual
Caso Daniel Alves repercute no mundo (Foto: Reprodução)

Campinas, SP, 25 – Ester García López, advogada da mulher de 23 anos que acusa Daniel Alves de estupro, afirmou nesta quarta-feira que a vítima está tomando um coquetel antiviral para evitar contaminação por infecções sexualmente transmissíveis. Ela aponta que sua cliente foi agredida sexualmente pelo jogador sem uso de preservativo.

Em entrevista ao Uol, a advogada da vítima contou que sua cliente está muito abalada com a situação e faz uso de ansiolíticos para conseguir dormir. Ela está recebendo assistência psicológica por meio de uma entidade pública cuja finalidade é acolher pessoas que sofreram violência sexual.

Ester García López ainda afirma que sua cliente não ingeriu bebidas alcoólicas na noite em que foi vítima da agressão sexual. Esse fato fez com que a mulher não esquecesse detalhes do ocorrido.

A advogada entende que a forma como foram conduzidas as investigações preliminares e a consequente prisão preventiva de Daniel Alves podem ser determinantes para mudar a forma como casos de violência sexual são tratados no poder judiciário, independentemente do julgamento final.

Daniel Alves
Daniel Alves segue preso sem direito a fiança (Foto: Divulgação)

CASO DANIEL ALVES

A juíza Maria Concepción Canton Martín decretou a prisão de Daniel Alves na última sexta-feira. Ele foi detido ao dar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada do dia 30 de dezembro. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção.

A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona. O atleta, que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria colocado a mão entre as roupas íntimas da mulher que fez a queixa. Ela procurou as amigas e os seguranças da balada depois do ocorrido. Ele teria trancado, agredido e estuprado a mulher em um banheiro da sala VIP da boate, segundo o jornal El Periódico.

A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã, que colheu depoimento da vítima. Ela também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.

Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público do país pedir a prisão e a juíza aceitar. No início de janeiro, o jogador deu entrevista ao programa “Y Ahora Sonsoles”, da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma boate que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia.

No depoimento, porém, de acordo com os meios de comunicação da Espanha, o atleta afirmou ter tido relações consensuais com a mulher, cujo nome não foi revelado. O suposto crime sexual teria ocorrido num banheiro da área VIP da casa noturna. Segundo a rádio Cadena SER, imagens da vigilância interna do local confirmam que Daniel Alves ficou 15 minutos com a mulher no banheiro.

De acordo com o jornal El País, a mulher não quer ser indenizada e abriu mão de ser ressarcida financeiramente pelas lesões e também pelos danos morais por entender que o objetivo principal é fazer com que o atleta seja punido pelo ocorrido. O Pumas, do México, anunciou na última sexta que o contrato de trabalho de Daniel Alves com o clube será rompido por justa causa.

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