MP denuncia ex-dirigentes do Rio Preto por desvio de aluguéis

O MP-SP denunciou ex-dirigentes e ex-funcionários por "crime de apropriação indébita qualificada", ou seja, "teriam se apropriado de receitas do clube"

Atual presidente, José Eduardo Rodrigues, assumiu o comando do Rio Preto, apurou as irregularidades e saneou as dívidas com transparência

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José Eduardo Rodrigues é o atual presidente do Rio Preto, que lidera a reestruturação do clube
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São José do Rio Preto, SP, 02 (AFI) – As denúncias do atual presidente do Rio Preto, o advogado José Eduardo Rodrigues, foram acatadas pelo Ministério Público (MP). O órgão denunciou ex-dirigentes e ex-funcionários por “crime de apropriação indébita qualificada”, ou seja, “teriam se apropriado de receitas do clube”, conforme documento do MP, entre janeiro de 2010 e outubro de 2014.

A lista de investigados conta com Vergílio Dalla Pria Netto (ex-presidente do clube), Pedro Nimer Filho (ex-vice-presidente que assumiu como presidente após saída de Vergílio para concorrer como deputado estadual), e José Rodrigues Negrão (ex-tesoureiro). Foram citados também Suely Longo de Moraes, ex-funcionária do clube e ex-secretária de Vergílio, e sua filha, Daniela Caran de Toledo.

ENTENDA O CASO

De acordo com o MP, o Rio Preto alugou uma área para a empresa Consteni Engenharia e Construção Ltda, então administradora do Shopping Iboruna, via cheques do banco Itaú S\A.

“Os investigados elaboraram um procedimento fraudulento para desviar receitas referentes aos aluguéis pagos pela empresa Consteni”, diz trecho do documento do MP.

“Vergílio exigia da empresa pagamento através de cheques, recebia os títulos e não depositava em contas bancárias do Rio Preto, apropriando-se desses valores. José Rodrigues Negrão era tesoureiro do clube e participou dos desvios, até porque havia necessidade de duas assinaturas para endossar os cheques. Pedro Nimer Filho, na qualidade de presidente no ano de 2014, também utilizou o mesmo expediente para o desvio de valores“, continuou o documento.

O desvio para contas particulares dos envolvidos supera R$ 5 milhões de reais. Comprovou-se que efetivamente nenhum centavo dos aluguéis recebidos dos lojistas do Iboruna Shopping foi depositado na conta corrente do clube no período investigado pela Polícia Civil, Ministério Público e auditoria do clube.

Suely e Daniela, mãe e filha, também receberam valores em suas contas, comprovado por quebra de sigilo bancário de todos os envolvidos, embora o documento afirme que “não se comprovou que Sueli e Daniela tivessem algum crédito visando receber do clube”.

DEPOIMENTO SUSPEITO!

No depoimento de Daniele Caram, filha de Edson Caram e Suely de Moraes, a mesma disse que residia em São Paulo e que nunca teve conta no banco Sicredi. Porém, quando foi abrir conta corrente na mesma agência em São José do Rio Preto, Daniele forneceu o endereço da mãe, conforme constata às Fls. 1128.

TEM MAIS!

Daniele informou ainda em seu depoimento desconhecer os fatos e não soube explicar o porquê seu nome aparece como beneficiária de vários cheques de aluguéis pertencentes ao clube.

Segundo o atual presidente do Rio Preto, José Eduardo, comprovou-se de que o ex-presidente Vergílio Dalla Pria Netto, utilizou-se de balancetes fajutos, totalmente produzidos e manipulados, onde constam supostos empréstimos de Suely e de Caparroz ao clube, quando na verdade, esvaziavam a conta corrente do mesmo e também no caso dos aluguéis pertencentes ao clube.

Segundo o atual presidente do clube, agiam da mesma maneira, Pedro Nimer Filho que ocupou o cargo de presidente interino, no qual também foi denunciado pelo Ministério Público.

No depoimento, no inquérito para a polícia civil, Dalla Pria alegou que o tesoureiro Luís Fernando Ortega participou de tudo. A defesa de Ortega foi feita por José Eduardo, atual dirigente esmeraldino, que defendeu a honestidade de Ortega, demonstrando que o nome do ex-tesoureiro foi usado indevidamente por Dalla Pria e sua turma.

DOCUMENTO DO MINISTÉRIO PÚBLICO:

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