Morre Ferreirão, polêmico desde a chegada em Campinas em 1980

Morre Ferreirão, polêmico desde a chegada em Campinas em 1980

Morre Ferreirão, polêmico desde a chegada em Campinas em 1980

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Na década de 60, era da impressão de jornais com maquinário linotipo, indisfarçáveis borrões nas páginas, Campinas contava com três jornais competitivos: Correio Popular, Diário do Povo e Jornal da Cidade, empresa do grupo Pedroso de Comunicação, que não teve vida longa no segmento jornal.

Na ocasião, foi criado um bordão para distinguir o Correio Popular como jornal que antecipava a notícia: ‘Se o Correio não deu, você não leu’.

Sem querer puxar a brasa para a sardinha da casa, hoje o portal Futebol Interior pauta a concorrência.

VEJA MAIS DETALHES SOBRE A MORTE DE FERREIRÃO !

REI DO ACESSO

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Noticiou com exclusividade, entre os veículos de comunicação de Campinas, a morte do treinador de futebol Luiz Carlos Ferreira, o Ferreirão, rotulado de ‘rei do acesso’ no interior paulistano, ao longo de uma carreira de 40 anos.

Histórico sobre a doença que vitimou Ferreirão é registrado no site, mas cabe acrescentar a lembrança do falante Ferreirão na chegada em Campinas em 1980, para atuar como auxiliar técnico do treinador Cláudio Garcia, no Guarani.

ÉDEN BAR

Lá pelas tantas da noite daquele início de ano, Ferreirão mal abriu a porta do Restaurante Éden Bar e já gritou:

– Cadê a turma do futebol deste bar? [embora tivesse entrado no restaurante]

Aquela reação estranha de um então desconhecido serviu para emudecer os citados, que se concentravam em três mesas juntadas.

Foi quando o então dirigente pontepretano Peri Chaib olhou para o saudoso jornalistas Brasil de Oliveira e o questionou

– Você conhece esse cara, Brasa?

Após pausa por um instante, o jornalista se manifestou

– A turma tá aqui!

Inadvertidamente Ferreirão se dirigiu às mesas, recusou-se à sentar, e assustou a clientela da casa quando, aos berros, avisou:

BANANA

– Está chegando no Guarani um moço (jogador) que se chama Banana. E que ninguém venha com risada. O apelido dele é Banana, mas joga muita bola. Vocês ainda vão ouvir falar muito dele.

Aquele gesto intempestivo do então desconhecido irritou Brasil de Oliveira, que sabia ser arrogante quando provocado, e disparou:

– Você sabe com quem está falando? Calma rapaz. Sente aí e aprenda conosco. Eu vivo futebol 24 horas por dia e nunca ouvi falar desse Banana que vem do Distrito Federal.

Semanas depois, já de bola baixa, Ferreirão se tornou amigo de Brasil de Oliveira, se dissociou de Cláudio Garcia para iniciar carreira solo com sucesso, sem jamais abandonar as suas convicções e estilo motivador.

Outros tempos eu diria ‘descanse em paz, Ferreirão!

Hoje, meus cabelos brancos ensinaram-me que morto não ouve, nem lê.

Logo, cabe apenas desejar sentimentos aos familiares.