Moreno acerta ao posicionar a Ponte; Conceição pisa na bola no 1 a 1 deste dérbi

Guarani e Ponte Preta ficam no empate

Moreno acerta ao posicionar a Ponte; Conceição pisa na bola no 1 a 1 deste dérbi

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Empate justo entre Guarani x Ponte Preta. foto: Álvaro Jr.

Empate justo entre Guarani x Ponte Preta. foto: Álvaro Jr.

Alô, alô, Felipe Conceição, treinador do Guarani: parafraseando o narrador Dandan, do canal SporTV, o ‘C’ tá de brincadeira ao sacar o meia Lucas Crispim aos 42 minutos do primeiro tempo, no dérbi campineiro desta terça-feira.

Esse é um dos primeiros passos para um treinador começar a perder o grupo. Boleiro desconfia quando o treinador começa a mostrar inconsequência.

Alô Fábio Moreno, treinador da Ponte Preta: parabéns por fazer aquilo que foi possível com um elenco limitado, sabedoria para posicionar o seu time que, no frigir dos ovos, criou as chances mais claras para sair vencedor da partida disputada no Estádio Brinco de Ouro, no empate por 1 a 1.

E Conceição teria que explicar ainda mais quando quis mostrar ousadia ao provocar batismo no profissional do garoto da base Mateus Ludke, na lateral-direita.

Que o então titular Cristóvam estava devendo, não se discute. Todavia mexida deste tipo em dérbi, heim?

Por sorte o garoto soube explorar erro clamoroso do meia Camilo, que o presenteou num erro de passe, e disso ele se aproveitou para acertar chute certeiro no canto esquerdo de Ygor Vinhas, aos 15 minutos do segundo tempo.

MORENO

Além de ter assistido no sábado a derrota do Guarani para o América Mineiro por 1 a 0, de certo Fábio Moreno fez questão de rever o jogo para detectar que uma forte marcação na cabeça da área seria o indicativo para que o Guarani rodasse a bola de um lado ao outro do campo, até optar por cruzamentos.

Foi exatamente aquilo que aconteceu no jogo contra o América Mineiro, que se dispôs a explorar contra-ataques, ou quando o Guarani afrouxasse a marcação colocar em prática saída de bola da defesa, de forma organizada.

A cópia da sábia estratégia do América Mineiro até poderia ser contemplada se o time pontepretano não fosse marcado por repetidos erros, diferentemente do Coelho.

O sistema defensivo da Ponte cometeu três erros ao longo da partida, que poderiam ter sido fatais.

O primeiro, na real chance bugrina antes do intervalo, quando Murilo Rangel enfiou bola para o atacante Matheus Souzas, nas costas do zagueiro Luizão. Ao ficar cara a cara com o goleiro Ygor Vinhas da Ponte, o bugrino chutou a bola na perna dele.

Depois quando o mesmo Matheus Souza fez jogada pessoal de velocidade, driblou Luizão e Barreto, mas o chute foi pra fora.

Por fim, o erro de Camilo da Ponte, que resultou no gol de Ludke.

GOLS DE GUARANI 1 X 1 PONTE PRETA

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GUILHERME PATO

Raciocinou coerentemente Fábio Moreno quando optou pela escalação de Guilherme Pato, mas com função de evitar progressões do lateral-esquerdo Bidu, do Guarani.

Ele acreditou em Zanocelo como segundo volante e o jogador respondeu à altura, com alta incidência de desarme e tentativa de articular saída de bola, embora nem sempre bem-sucedido.

Problema da Ponte é que Camilo continua devendo melhor rendimento, pois mostrou lucidez apenas quando participou da troca de passes com Bruno Rodrigues, até a bola chegar aos pés do centroavante Matheus Peixoto, deslocado pela meia esquerda, livre com demora para aproximação do zagueiro Wálber.

Aí, aos 12 minutos, o chute certeiro, no canto esquerdo, não propiciou chances de defesa ao goleiro Gabriel Mesquita.

TROCAS NA PONTE

Se a troca de Matheus Peixoto por João Veras era previsível no começo do segundo tempo, tão logo sofreu o gol de empate a Ponte Preta começou a mudar por atacado.

Apodi, sem condicionamento físico adequado, que se limitou a defender, cedeu lugar para Léo Pereira, que colocou em risco o setor com faltas desnecessárias.

Volante Neto Moura substituiu Camilo com vantagem, pois deu mais mobilidade ao time.

Igualmente acertada foi a entrada de Yuri no lugar do cansado Guilherme Pato, para fortalecer a marcação pelo lado esquerdo, além da troca natural de Zanocelo por Dawhan.

Foi quando a Ponte começou a achar espaços na desguarnecida defesa bugrina e perdeu dois gols.

Primeiro quando Bruno Rodrigues driblou o zagueiro Didi, mas chutou a bola pra fora. Depois com João Veras, que permitiu defesa de Gabriel Mesquita, que no lance anterior havia errado.

Afora isso, aos 44 minutos do segundo tempo, Bruno Rodrigues preparava-se para ingressar na área quando Wálber, por trás, cometeu falta e foi expulso.

TROCAS NO GUARANI

No Guarani, nem parecia que a beira do gramado estava o lúcido treinador Felipe Conceição.

Não bastasse ter imprudentemente trocado Crispim por Rickson antes mesmo do intervalo, sacou o atacante Waguininho – cansado sim -, mas no lugar dele colocou um volante, caso de Lucas Abreu.

O que o Guarani teria a ganhar com a entrada de Eliel no lugar de Bidu? Ou Devid no posto de Bruno Silva?

CHANCES CONTINUAM

Matematicamente Guarani e Ponte Preta continuam com chances de brigar pelo acesso, apesar do avanço do Cuiabá com a vitória por 1 a 0 sobre o Juventude.

Se ambos venceram o Cuiabá nas duas próximas rodadas, seguram o adversário direto que subiu para 54 pontos, contra 48 do Guarani e 47 da Ponte Preta.

Sequência do Guarani será com dois jogos fora de casa: o primeiro diante do CRB, em Alagoas, na próxima segunda-feira.

Na sequência a Ponte Preta recepcionará Cuiabá e Náutico, e irremediavelmente terá que vencê-los, para não ficar distante dos concorrentes diretos.

Está tudo aberto para os clubes de Campinas, que agora precisam vencer e torcer por tropeços de concorrentes.