Messi muda para a Argentina um jogo com claras dificuldades

Na Argentina está um jogador diferenciado como o meia Messi, de quem se pode esperar que, entre tantas tentativas, uma delas dê certo.

Ciente de suas limitações, os australianos ficaram atrás até quando estavam em desvantagem no placar, na metade do segundo tempo.

Argentina 2 x 1 Austrália
Messi bate marca histórica. Foto: Luciano Luiz

Campinas, SP, 4 (AFI) – Como caracterizar esta vitória da Argentina sobre a Austrália por 2 a 1, na abertura das oitavas de final da Copa do Mundo do Catar, neste sábado?

Um jogo intrigante para plena leitura.

Ciente de suas limitações, os australianos ficaram atrás até quando estavam em desvantagem no placar, na metade do segundo tempo.

Por que isso?

O grupo tinha a exata noção que, na hipótese de se expor, o castigo viria a cavalo, diante de um adversário com mais recursos técnicos.

E porque até aquela metade do segundo tempo a Argentina conseguiu furar aquele forte bloqueio apenas uma vez?

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LADOS DO CAMPO

Até analistas de convivência com gramados sugeriram que ‘los hermanos’ deveriam usar os lados do campo, e não aquele abuso de jogadas centralizadas.

Por vezes esses experientes são traídos quando invocam o repertório supostamente lógico para aquela circunstância, mas as inconveniências também precisam ser consideradas.

Como assim?

Então vamos lá.

De que adianta chegar ao fundo e cruzar bola para jogadores de estatura mediana, a fim de que a disputa pelo alto seja com aquela ‘becaiada’ da Austrália de dois metros de altura?

Cruzar no chão?

Da forma que o time de amarelo estava posicionado, seria presenteá-lo na jogada.

Foi uma situação cruel aos argentinos, para tentativa de envolvimento na base do toque de bola.

MESSI

Logo, não há como contestar o estilo que o técnico argentino Lionel Scaloni colocou em prática, de toques curtos, com valorização da bola, até que surgisse uma brecha para a complementação da jogada.

Convenhamos que isso tem validade quando na equipe está um jogador diferenciado como o meia Messi, de quem se pode esperar que, entre tantas tentativas, uma delas dê certo.

E deu com aquele chute rasteiro, que contou com dosagem enorme de sorte.

Naquele montão de pés dos australianos durante a trajetória da bola, nenhum deles interceptou a passagem, aos 34 minutos: Argentina 1 a 0.

NADA MUDA

É praxe no futebol que equipe em desvantagem no placar se encoraja ao ataque, mas a Austrália não quis mudar a planilha até por volta de 25 minutos do segundo tempo, quando partiu para o tudo ou nada.

Foi quando surgiram mais espaços para a Argentina criar chances, visando dilatar o marcador.

Todavia, quis o destino que o segundo gol só ocorresse por erro crasso do goleiro adversário Mat Ryan, que ao optar por saída de bola através de drible foi desarmado, e permitiu que Julián Álvarez marcasse.

Aquele tardio encorajamento da Austrália só serviu para que diminuísse a vantagem adversária com o seu gol, mas correu risco de também sofrê-los, fato que não ocorreu pelo desperdício dos argentinos. 

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