Mbappé decide para a França e recebe abraços, sem 'cascudos'

Este foi um dos melhores jogos desta Copa do Mundo no Catar. E jogo em que a França ratifica a condição de uma das favoritas à conquista do título.

Da França, também, mais um interessante ensinamento para clubes brasileiros: o famoso chuveirinho é coisa abominável no futebol

França vence Dinamarca
Mbappé fez dois gols. Foto: Divulgação - FIFA

Campinas, SP, 26 (AFI) – Mbappé decide pra a França. Dias atrás, o atacante Cristiano Ronaldo marcou gol de pênalti na vitória da seleção de Portugal sobre Gana e levou uns ‘cascudos’ na cabeça, como é praxe em jogadores por aqui quando anotam gols em suas equipes e até na Seleção Brasileira.

Pois o atacante Mbappé, da França, decisivo em dois gols de seu selecionado, na difícil vitória sobre a Dinamarca, por 2 a 1, na tarde deste sábado (horário de Brasília), recebeu apenas abraços cordiais dos companheiros, como era norma antigamente nesta situação em todos os rincões.

Da França, também, mais um ensinamento para clubes brasileiros de elite e segunda divisão: chuveirinho é coisa abominável no futebol. Sim, aquela bola cruzada aleatoriamente quando o atleta se aproxima da grande área adversária.

Isso pode até ocorrer, porém acidentalmente.

JOGADAS BEM TRABALHADAS

Até quando alguns jogadores dela vão ao fundo do campo, em situação ideal pra levantar a bola, a preferência ainda é trabalhá-la no chão, como por ocasião do primeiro gol, através de Mbappé, quando o lateral-esquerdo Theo Hernadez a tocou pra trás, para precisa conclusão com o pé.

Claro que a bola viaja à área adversária, mas em cobranças de escanteios e faltas, até porque, nestas ocasiões, há uma concentração maior de jogadores franceses na área adversária, e aí dá pra se participar de disputa pau a pau.

Dar milho pra bode, a boleirada francesa não faz, ou seja: com bola em movimento ficar cruzando-a contra uma defesa cuja média de estatura se aproxima de dois metros.

DOIS DRIBLADORES

Além da distribuição tática francesa, que implica em compactação e troca de passes certeiros, os dois lados do campo contam com dribladores, casos de Dembélé e Mbappé, pela direita e esquerda, respectivamente.

Na jogada do ‘um contra um’, geralmente ambos levam vantagens sobre marcadores, pois unem habilidade de velocidade.

Ocorre que sabiamente o adversário providencia a cobertura.

A consciência da boleirada francesa para se evitar perda de lance bobo impressiona.

Quem não tem característica para o drible, não se atreve. Fica na dele, apenas tocando a bola.

DESARME

Na postagem anterior, alertei para que observassem a capacidade de desarme deste time francês, e de certo esse quesito não foi tão acentuado na proporção prevista, comparativamente à partida diante da Austrália.

A justificativa é simples: a Dinamarca prefere o jogo à base do toque de bola, evitando o enfrentamento direto com o adversário.

Mesmo assim, quando isso ocorreu, ainda prevaleceu a capacidade de desarme e antecipação da França, um selecionado que pratica jogo consistente sem desperdício brutal da bola, quando o adversário fica todo recomposto na defensiva.

Todavia, bastam aparecer espaços propícios, para o time colocar em prática aceleração do jogo ofensivo.

DINAMARCA

Mesmo sem brilhantismo técnico, a Dinamarca dispõe de uma postura tática de extrema aplicação, fechando bem os espaços defensivamente e, quando atacou, tentou fazer uso do jogo aéreo, e o seu gol foi fruto de desdobramento de jogada após cobrança de escanteio, com cabeceio do zagueiro Chistensen.

Pode-se dizer, sem medo de errar, que este foi um dos melhores jogos desta Copa do Mundo no Catar.

E jogo em que a França ratifica a condição de uma das favoritas à conquista do título.

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