Mano se desculpa por chamar árbitro de 'vagabundo' e faz questionamentos
O treinador perdeu a linha na derrota do Bahia por 2 a 1 frente ao Fluminense
O treinador perdeu a linha na derrota do Bahia por 2 a 1 frente ao Fluminense
Salvador, BA, 14 (AFI) – Mano Menezes deu coletiva de imprensa nesta terça-feira para se desculpar pelos atos cometidos na derrota do Bahia para o Fluminense por 1 a 0, no Maracanã. O treinador chamou o árbitro de ‘vagabundo’ e ainda não cumprimentou o técnico Odair Hellmann, que ficou no ‘balão’.
“Quero deixar uma coisa bem clara. Embora eu não tenha ido ao campo ao término do jogo para reclamar diretamente com a arbitragem. E fui com o primeiro intuito de tirar os jogadores, tanto que a minha observação é para um jogador nosso, que é o Elias, a captação da fala que tinha em relação ao episódio mostrou um descontentamento e uma reclamação indireta sobre os fatos que tinham acontecido”, falou o treinador, antes de completar.
“Quero pedir desculpas pelo palavreado usado, porque acho que não foi adequado e não é adequado em nenhuma circunstância, mesmo que você esteja certo. Existe um limite para as coisas. Então, penso que ultrapassei esse limite e peço desculpas por isso. Não quero deixar transparecer que isso é normal e correto”, disse.
Apesar de deixar claro que ultrapassou o limite, Mano Menezes questionou o microfone perto da área técnica e deixou claro que palavras mais ríspidas são usadas no futebol.
“Um técnico da minha trajetória tem que saber que, mesmo em momentos difíceis, em que até você pode achar que está certo, o limite da educação não pode ser ultrapassado e eu ultrapassei. Repito: peço desculpas por isso”, continuou.
QUESTIONAMENTOS!
“Para uns técnicos, são mais destacadas [as ações na beira do campo] que para os outros. Alguns técnicos que vivem fora da área técnica, mas ninguém chama a atenção. Temos técnicos que reclamam de forma mais frequente, mas ninguém chama a atenção. Talvez, até pela trajetória e pelas posições mais duras, por uma certa antipatia ou simpatia. Penso que se valoriza isso demais no Brasil. Vejo na Europa, que é a grande referência nossa”, afirmou.
Ele até mesmo usou outros campeonato como exemplo para tentar minimizar o ocorrido no último final de semana, mas não falou sobre Odair Hellmann.
“Vamos usar a Premiere League. Muitas e muitas vezes, os técnicos fazem reclamações ríspidas, mas não temos esse som, o microfone logo embaixo do técnico, que talvez surgiu até como boa ideia de demonstrar trabalho do técnico, as orientações. Ao mesmo tempo, ela também torna público diálogos que, às vezes, não são tão bonitos que, na linguagem do futebol, são considerados mais normais. Penso que deveríamos repensar isso. Ao mesmo tempo que, sem dúvida nenhuma, o estádio estando mais vazio, o som dessa fala se torna mais ouvido de modo geral. Ficou um ambiente menos agradável, eu diria assim. Devemos repensar esse microfone, que ele não traz benefício algum”, finalizou.