Cambará, PR, 5 (AFI) – O futebol do Paraná está de luto. Morreu nesta segunda-feira, 5, Sueo Matsubara, fundador e presidente honorário do Matsubara (Sociedade Esportiva Matsubara) que revolucionou o futebol de base do país nos anos 80. Ele estava com 81 anos e morreu de morte natural.

O dirigente foi um visionário e percebeu que poderia lucrar ‘criando’ suas revelações em casa.Ele foi pioneiro neste tipo de trabalho no Brasil e levou para o clube profissionais que conheciam muito bem a formação de atletas.

Atropelando muitos grandes clubes ele montou uma bela estrutura de treinamento em Cambará e passou a revelar muitos jogadores. Ele formava e negociava. Ganhou muito dinheiro desta forma.

CURIOSIDADES
Neto, campeão brasileiro pelo Corinthians em 1990, cinco anos depois, em final de carreira, defendeu o clube. Era uma forma de chamar atenção da mídia nacional para seu trabalho de formação e de base.

Outro fato curioso é que o ator Nuno Leal Maia, da cidade de Santos, também passou pelo clube na condição de técnico.

O atacante Nilmar, antes de chegar ao Internacional-RS e Seleção Brasileira, também passou pela base do clube paranaense.

DO CLUBE
Fundado em 18 de dezembro de 1974 e foi vice-campeão paranaense em 1976, chamando a atenção de todo o país e depois foi terceiro em 1995, quando representou a cidade de Londrina. Mas no ano seguinte já estava de volta a Cambará.

S.E Matsubara começou a sofrer em 1996, totalmente falido e sem torcida. O golpe final foi a Lei Pelé em 1998, que tirou todo o poder dos clubes na formação e atletas e se transformou muitos empresários em milionários.

Em 2009, disputou a Terceira Divisão do Paranaense, numa competição de seis clubes e mandando seus jogos na cidade de Santo Antônio da Platina. Após um longo tempo de inatividade o clube foi terceirizado a Cassiano Menezes (ex atleta), por um contrato de seis anos.

ALGUMAS REVELAÇÕES
Entre os jogadores revelados pelo Matsubara, Newmar (campeão mundial pelo Grêmio, de Porto Alegre, em 1983) e Toninho Carlos (zagueiro do Santos que chegou à seleção brasileira).

Além de Carlos Alberto Dias (vendido para o futebol japonês aos 17 anos, jogou no Coritiba, Botafogo e Vasco) e Ratinho (vendido para o futebol Japonês).

COLABORAÇÃO – JAIRO SILVA