Luto! Interior perde Dito Brás, o leal massagista do Guarani
Um símbolo como massagista no Guarani e que, bem antes, brilhou como jogador do Linense. Ele estava com 97 anos e teve uma morte natural.
Dito Braz morava na Vila 31 de Março, na cidade de Campinas, onde contava com o apoio de filhos e netos. Exemplo para a família
Campinas, SP, 2 (AFI) – O futebol do Interior de São Paulo está de luto, em especial os saudosistas bugrinos dos anos 1970. Morreu Dito Brás, um símbolo como massagista no Guarani e que, bem antes, brilhou como jogador do Linense. Ele estava com 97 anos e teve uma morte natural. O velório será realizado a partir das 9h de sexta-feira no Cemitério da Saudade.
Dito Brás morava na Vila 31 de Março, na cidade de Campinas, onde contava com o apoio de filhos e netos. Era uma pessoa muito querida na sua vizinhança. Muitos nem imaginavam que aquele mulato, de baixa estatura e calmo tinha brilhado nos campos de futebol, tanto como jogador como massagista.
“O ‘Seo’ Dito era nota 1000” – lembra o jornalista Roberto Diogo, que conviveu com o massagista por muitos anos em Campinas. “Ele foi um exemplo de profissional e homem. Uma pessoa séria, honesta e simples” – reforça Walmir Nogueira Jr, bugrino histórico.
Muitos anos, notadamente, nos anos de 1960 e 1970, Dito Brás dignificou a profissão de massagista. Centenas de jogadores passaram por seus cuidados e suas mãos ‘milagrosas’. Os seus conhecimentos ele dividiu com outros nomes da área como Hélio dos Santos, Osmar Bruno, Nenê e Manduca, entre outros. Nos anos 1980 aceitou o convite para trabalhar no Mogi Mirim, por ser uma cidade próxima de Campinas, afinal, ele não queria mais ‘sair de casa’ e ficar longe dos familiares.
BRILHOU NO LINENSE
Curiosamente, nos anos 1950 ele foi um dos principais jogadores do Linense, como lateral-esquerdo forte e incansável. Ele era irmão de Reinaldo Lapão, que também se destacou no time de Lins como volante e depois atuou pelo Palmeiras.
A sua última aparição em público aconteceu no fim de 2019, alguns meses antes da pandemia, quando foi homenageado por um grupo de bugrinos, recebendo uma camisa e um boné do Guarani no dia de seu aniversário de 94 anos.