Luis Enrique é cauteloso no PSG: 'Estou confiante em vencer, mas se perder, a vida continua'
O discurso cauteloso serve para não jogar pressão exagerada nos comandados e evitar causar instabilidade e nervosismo dentro de campo
Questionado sobre quem se classifica e se a eliminação seria um fracasso, o técnico se irritou
Campinas, SP, 06 – Luis Enrique mostrou mais uma vez irritação com a pressão de ter de ganhar do Borussia Dortmund e levar o PSG à decisão da Liga dos Campeões. Em dia irônico e de acidez, o treinador mostrou-se cauteloso com o duelo, pediu paciência e admitiu que pensar em ganhar por dois gols de diferença para se garantir pode ser fatal. Cobrou respeito aos alemães e disse que a primeira missão é “vencer.”
“Será um jogo difícil, mas estamos em casa e com nosso torcedores. O que sei dizer em francês é: ‘vamos vencer’. Estou confiante”, disse. “O objetivo não é vencer por dois gols, é vencer. Se pensarmos que temos de marcar dois gols, vai parecer muito distante. Temos de marcar um e assim o empate (na série) deixará o confronto equilibrado”, afirmou.
O discurso cauteloso serve para não jogar pressão exagerada nos comandados e evitar causar instabilidade e nervosismo dentro de campo. “Sair na frente fará o rival reagir (sair da defesa) e, como já foi visto, no futebol você pode marcar dois gols em três minutos”, enfatizou. Luis Enrique descarta pressa e exige eficiência.
Mas ainda está um tanto nervoso. Questionado sobre quem se classifica e se a eliminação seria um fracasso, o técnico se irritou. “Esta é uma pergunta muito espanhola. E sempre no negativo. Se não ganharmos, a vida continua, haverá sol. E o sol quando sai em Paris é muito bonito. Nós, como esportistas e na vida, se não nos classificarmos, vamos aplaudir o adversário, mesmo que não tenha merecido. Vamos acordar decepcionados no dia seguinte, mas nos levantar e iniciar motivados a lutar para brigar por ida à final na próxima temporada.”
Gonçalo Ramos deve ser a novidade do treinador, com Mbappé pela esquerda e Dembélé na direita. Além de confiar no ataque, o técnico confia na força das arquibancadas por uma reviravolta – já fez 2 a 0 na fase de grupos atuando em casa. “O papel dos torcedores será vital. Os torcedores nos apoiarão totalmente, como durante toda a temporada.”