Luís Castro, do Botafogo, critica cultura de demitir treinadores

O português afirmou que a constante troca atrapalha o desenvolvimento de um trabalho

Luís Castro, do Botafogo, criticou a constante troca de treinadores entre os clubes brasileiros e afirmou que isso atrapalha o desenvolvimento

Luís Castro Botafogo
Luís Castro, do Botafogo, critica demissões de treinadores no Brasil (Foto: Vítor Silva/ BFR)

Rio de Janeiro, RJ, 14 (AFI) – Luís Castro, treinador do Botafogo, criticou a falta de paciência com os técnicos no Brasil. Segundo ele, não dá tempo de desenvolver um trabalho em tão pouco tempo, e isso atrapalha a evolução do futebol brasileiro. No clube há quase 7 meses, o português balançou no cargo diversas vezes, até que encontrou a formação ideal e o Glorioso começou a alcançar os resultados.

DECLARAÇÃO DE LUÍS CASTRO

“A forma alucinada como o futebol brasileiro tritura treinadores é surpreendente. Eu acho que a troca constante dos treinadores retira o poder de liderança. Porque todos a sua volta sabem que se algo falhar, só vai haver um responsável. Então pode haver um conjunto de desresponsabilização à minha volta que fere de morte o desenvolvimento de qualquer clube. Porque o jogador, se falhar, sabe que o treinador vai embora, o departamento de saúde, se falhar, sabe que o treinador vai embora. Então o treinador vai embora deixando para trás aqueles que são realmente responsáveis por o clube não ganhar. Então essa retirada é fatal quer no Brasil quer no mundo” – declarou o português.

BOTAFOGO EM 2022

Após o acesso acompanhado de título na Série B de 2021, o Botafogo iniciou a sua nova era, comandado pelo americano John Textor. O treinador que levou os cariocas de volta à elite, Enderson Moreira, não ficou, e o clube foi buscar Luís Castro. O lusitano estava no Al-Duhail, do Catar, e havia sido especulado no Corinthians, mas quem fechou com ele foi o Fogão.

Com um time praticamente todo diferente do que subiu, as dificuldades de encaixe seriam naturais, mas a paciência dos torcedores não foi tão grande. As contratações empolgaram a torcida, como as chegadas de Patrick de Paula e Lucas Piazon. Mas o time demorou a entrosar, e oscilou bastante no decorrer da competição. Perdendo partidas contra clubes da zona do rebaixamento dentro de casa, a torcida pediu muitas vezes a demissão do português.

CONTRATAÇÕES PONTUAIS

Com a janela de transferências do meio de temporada, o Fogão foi certeiro nas cartadas. Trouxe o atacante Tiquinho Soares, que estava no Olympiacos, da Grécia, e ele já marcou 4 gols em 7 jogos. Além dele, o garoto Jeffinho foi uma aposta muito bem sucedida, que, com sua habilidade, consegue desequilibrar um sistema defensivo. O lateral-esquerdo Marçal, que chegou do Wolves, deu mais equilíbrio ao time. E o zagueiro Adryelson, resolveu o problema na zaga e tem atuado bem ao lado de Victor Cuesta.

Adryelson Botafogo
Adryelson eleito melhor da partida entre Botafogo e São Paulo (Foto: Divulgação)

PRÓXIMO COMPROMISSO

Na 9ª colocação do Campeonato Brasileiro, o Botafogo sonha com a classificação para a Copa Libertadores. O alvinegro vem de 4 vitórias nos últimos cinco jogos e vive seu melhor momento na competição. No próximo domingo (16), às 18h, recebe o Internacional-RS no Nilton Santos, pela 32ª rodada.

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