LIGA DOS CAMPEÕES: Real Madrid vira em cima do City e vai à final
Manchester vencia por 1 a 0 até o final. Levou o empate aos 45 e a virada aos 46, com gols do brasileiro Rodrigo. Na prorrogação perdeu por 1 a 0. Vai decidir o título com o Liverpool.
Campinas, SP, 04 (AFI) – Noutro jogo sensacional, o Real Madrid aplicou uma virada história em cima do Manchester City, por 2 a 1, no tempo normal e depois garantiu sua vaga na final da Liga dos Campeões com um gol de Benzema, de pênalti. No agregado, venceu por 6 a 5. A final será contra o Liverpool no dia 28 de maio, às 16h, em Paris. O brasileiro Rodrygo fez os dois gols da virada e saiu de campo como herói.
O City jogou melhor, abriu o placar aos 28 minutos do primeiro tempo. Depois dominou o jogo, até a parte final, quando o Real Madrid se agigantou. Na base do tudo ou nada, o time espanhol empatou com Rodrygo aos 45 minutos e depois virou com uma cabeçada dele aos 46 minutos.
OUTRO ESPETÁCULO
Depois do 4 a 3 da ida, o duelo desta quarta foi cercado de altas expectativas. Mas o City tratou de controlar o Real para decepcionar torcedores do mundo todo nos primeiros 88 minutos do jogo. O time inglês controlou a maior parte do jogo e desperdiçou seguidas chances para confirmar sua classificação. Mas sucumbiu nos minutos finais do tempo normal e na prorrogação.
Os primeiros minutos no Santiago Bernabéu foram de total iniciativa do Real, que acelerava o jogo para tentar reverter a desvantagem do jogo de ida. Aos 4, Benzema já desperdiçava cabeçada sem marcação quase na pequena área. Sem se abalar, o time inglês também buscava o ataque, tornando o jogo franco nos primeiros 20 minutos.
SHOW DA TORCIDA
Apesar do apoio da torcida e da necessidade de fazer ao menos um gol, o Real não conseguiu sustentar o ritmo alucinante no decorrer da primeira etapa. O time de Guardiola conteve a pressão e, aos poucos, passou a impor seu jogo. De Bruyne e Bernardo Silva perderam boas chances, dando trabalho a Courtois, o melhor jogador do Real nos primeiros 45 minutos. Foram três defesas decisivas. Gabriel Jesus fazia partida discreta.
Do outro lado, o Real apostava na correria de Vinicius Junior pela esquerda e pelo bom posicionamento de Benzema. Ambos levaram perigo em jogadas pontuais. O brasileiro mandou por cima do travessão, aos 17. Bem marcado, o atacante francês mal conseguia se movimentar no ataque. Na prática, o goleiro Ederson mal suou no primeiro tempo.
BRILHO BRASILEIRO
Preocupado, o time da casa voltou com tudo para a etapa final. Novamente acelerando as ações, o Real criou uma das melhores chances do confronto em jogada ensaiada logo na saída. Vinicius Junior, sem marcação dentro da área, bateu para fora.
Passado o susto, o City tratou de conter a pressão e retomar o domínio da partida. Desta vez, levou menos tempo para assumir o controle do jogo. O time inglês encaixava a marcação com certa facilidade, fechava os espaços do Real e administrava com eficiência a vantagem conquistada no jogo de ida.
O técnico Carlo Ancelotti, então, apostou em Rodrygo para ser o quarto homem do Real no ataque. Guardiola foi mais ousado e sacou De Bruyne para a entrada de Gündogan. Mas o City não deu tempo para o torcedor inglês se preocupar. No minuto seguinte, Gündogan iniciou a jogada que gerou o gol de Mahrez, que encheu o pé ao surpreender a defesa do Real, entrando na área livre, pela direita, aos 27 minutos.
DESESPERO PARA O REAL MADIRD
O gol ampliou a vantagem do City no placar agregado, com 5 a 3. O Real precisava, portanto, marcar dois gols para igualar o duelo e forçar a prorrogação. Nada que a torcida não acreditasse ou que a equipe não tivesse feito nesta edição da Liga dos Campeões, nas quartas de final, contra o Chelsea.
E o roteiro se repetiu nesta semifinal, sob o comando de Rodrygo. O ex-santista marcou dois gols em apenas dois minutos. Aos 44, escorou cruzamento de Benzema e empatou. Na sequência, Carvajal cruzou da direita e o brasileiro escorou de cabeça para as redes para festa da torcida que lotava o Santiago Bernabéu.
NO SUFOCO
Os gols assustaram o City, que quase levou o terceiro antes do apito final, e forçaram a disputa da prorrogação. Abatido, o time inglês viu a situação piorar de vez logo aos 2 minutos da primeira etapa do tempo extra quando Rubén Dias derrubou Benzema dentro da área: pênalti. O próprio francês cobrou no canto, aumentou a vantagem do Real e confirmou a classificação à final.
Agora o Real tentará ampliar o recorde de troféus da competição europeia. O time espanhol soma 13 troféus, mais do que o dobro de títulos do Liverpool, campeão europeu por seis vezes, a última na temporada 2018-2019.