LIGA DOS CAMPEÕES: Real bate o City e fará reprise da 'La Décima' na final
Com gol de Bale na primeira etapa, o Real Madrid venceu o Manchester City por 1 a 0 e se classificou para a final da Champions
Jogando no Bernabéu, Real Madrid não teve facilidade, mas jogou melhor que o Manchester City nesta quarta-feira e garantiu vaga na final ao vencer pelo placar de 1 a 0, com gol de
Campinas, SP, 04 – A Liga dos Campeões desta temporada terá uma final madrilenha. Um dia depois de o Atlético de Madrid despachar o Bayern de Munique, foi a vez de o Real Madrid confirmar o favoritismo sobre o Manchester City, no Santiago Bernabéu, com uma vitória por 1
a 0, nesta quarta-feira. Apesar do retorno de Cristiano Ronaldo, quem brilhou mais uma vez foi Gareth Bale, autor do único gol da partida.
O gol, que a Uefa registrou para o brasileiro Fernando (contra), assegurou a presença do Real em sua 14ª final da Liga dos Campeões. O maior vencedor da competição tentará buscar seu 11º título na final marcada para o dia 28 deste mês, em Milão. Será uma reedição da decisão da temporada 2013/2014, quando o Real levou a melhor com uma virada espetacular sobre o Atlético na prorrogação.
Contando com o reforço de Cristiano Ronaldo, desfalque no jogo de ida, o Real foi superior durante toda a partida desta quarta. O placar simples não refletiu o domínio do time espanhol, que botou bola na trave, teve gol anulado e bombardeou o gol de Hart no início do segundo tempo. No final, o Manchester City tentou surpreender, mas os desfalques pesaram e destaques como Sergio Agüero estiveram apagados durante todo o jogo.
O JOGO
Com retorno de Yaya Touré e ainda sem o maestro David Silva, o Manchester City até sonhou com uma partida equilibrada nos primeiros minutos, ao surpreender tomando a iniciativa. Os comandados de Manuel Pellegrini partiram para o ataque nos primeiros minutos, sem lances de maior perigo.
A situação começou a ficar desfavorável para o Manchester aos 9 minutos, quando o capitão Kompany sofreu lesão e precisou deixar a partida. Passado o primeiro impulso no ataque, o time inglês se retraiu. E, como o Real Madrid, fazia um início apático, o duelo flertou com o jogo truncado e sem graça da ida.
Até que o panorama mudou totalmente a partir dos 19 minutos, em um ataque fatal do time madrilenho. O lance teve início com grande passe de Carvajal para Bale, que bateu cruzado, quase sem ângulo, e mandou para as redes. A bola desviou no brasileiro Fernando e ainda acertou a trave antes de entrar. O gol confirmou a boa fase do atacante galês, que vem salvando o Real nos últimos jogos.
Aos poucos, o time da casa envolvia o Manchester e assumia o controle das ações. Kroos e Modric dominavam o meio-campo, enquanto Bale era a referência no ataque. Cristiano Ronaldo, sem o mesmo entrosamento de antes da lesão, se movimentava bem, porém sem ameaçar o goleiro Hart.
E não era só o lateral-direito Carvajal que atuava com liberdade no ataque. Na esquerda, Marcelo também subia. Aos 38, ele acertou forte chute cruzado e quase surpreendeu o City. Até a zaga do Real criava problemas para o defesa inglesa. Sergio Ramos mandou para o gol, após escorada de Pepe, mas o árbitro assinalou impedimento e anulou o gol.
O Manchester City praticamente só ameaçou em um lance, em boa finalização de Fernandinho de fora da área. A bola acertou o pé da trave, aos 43 minutos.
O que já estava difícil para os ingleses no fim do primeiro tempo ficou ainda mais complicado no segundo tempo. O Real voltou mais objetivo e emplacou quatro boas chances de gol antes dos 10 minutos da etapa final.
Cristiano Ronaldo, um pouco perdido no primeiro tempo, foi responsável por dois destes lances perigosos. O bombardeio quase culminou no segundo gol de Bale. Aos 18, ele cabeceou com perigo e acertou o travessão.
Encolhido, o Manchester aceitava o jogo do Real. Para tentar reagir, Pellegrini colocou Sterling e Iheanacho em campo, nas vagas de Touré e Navas. O marfinense, que jogava no sacrifício, estava claramente fora de ritmo e pouco contribuiu para os visitantes.
As trocas trouxeram maior equilíbrio ao jogo. Embora o Real seguisse melhor em campo, o Manchester chegava mais ao ataque. O time inglês até esboçou pressão nos minutos finais, exigindo duas boas defesas do goleiro Navas, sem conseguir evitar o triunfo dos anfitriões.