Liga campineira planeja acelerar cursos para formar árbitros

O cuidado de realizar rodadas duplas nas praças esportivas da cidade foi insuficiente para evitar a escassez de material humano

No mata-mata inicial, a Liga fará 11 jogos e os seus classificados vão se juntar a melhor equipe com índice técnico para disputar a fase seguinte

Liga Campineira de Futebol

Campinas, SP , 08 (AFI) – O Campeonato Amador promovido pela Liga Campineira de Futebol caminha para os seus jogos decisivos, mas uma resolução já está tomada pela diretoria, a de iniciar um processo de renovação e de ampliação do quadro de árbitros. O cuidado de realizar rodadas duplas nas praças esportivas da cidade foi insuficiente para evitar a escassez de material humano, o que provocou a necessidade de importar profissionais de outras cidades da Região Metropolitana de Campinas, o que acarretou aumento de custos.

“Existe demanda para realizar cursos de árbitros”, disse o presidente da entidade, Jerônimo Tognolo, o Nenê. Segundo ele, desde que a nova diretoria tomou posse, em 17 de maio do ano passado, com o presidente de honra Marco Abi Chedid, a atitude inicial foi de procurar a Federação Paulista de Futebol para viabilizar a realização dos cursos.

Segundo Nenê, as reformas na sede da Liga Campineira de Futebol encontram-se em fase final de ajustes, algo essencial para a construção do calendário.

A formação dentro dos padrões estabelecidos pela Federação é vital na busca de uma qualidade uniforme e confiável ao público e aos times, conforme pensa o comandante da Liga. “As pessoas precisam entender que pagar mais não significa que você terá o melhor. Qualidade é ter pé no chão”, defendeu o dirigente.

Nenê não renunciará a alguns preceitos que transformam a arbitragem da LCF em um produto de excelência. O pagamento por intermédio de PIX e a transparência na captura e entrega das súmulas são pontos que atraem os bons profissionais. “É um trabalho que demora um pouco para dar resultado. Não será do dia para noite que os fatos vão acontecer”, disse. Ele admite que a saída de Ana Paula de Oliveira do comando da Comissão de Arbitragem atrapalhou a condução do processo. A saída, segundo ele, é entrar em entendimentos com Patricio Loustau, novo comandante do setor. No ano passado, para reforçar o vínculo com a Federação Paulista de Futebol, a final da Copa Irdival Frezatto (atual Campeonato Amador RMC), entre R7 Picerno e S.C Icaraí, teve a arbitragem de Vinicius Furlan. O R7 Picerno venceu a competição nos pênaltis.

O quadro existente em Campinas, com várias Ligas em andamento, é outro fator que acentua a falta de árbitros, na visão de Nenê Tognolo. “Por isso que temos priorizado as rodadas duplas. Para o árbitro é algo positivo porque ele trabalha em dois jogos e ganha um dinheiro a mais”, explicou Nenê Tognolo. “Sem contar que estamos utilizando praças esportivas de Hortolândia e Sumaré, que tem times envolvidos no campeonato”, completou.

A única certeza da atual diretoria da Liga Campineira de Futebol é que ocorreu um acerto na fórmula de disputa. Na primeira fase a competição, a Liga formou dois grupos com sete equipes e vai classificar os seis primeiros colocados. Outros dois grupos com seis times vão classificar cinco times.

No mata-mata inicial, a Liga fará 11 jogos e os seus classificados vão se juntar a melhor equipe com índice técnico para disputar a fase seguinte. Os seis classificados formarão três jogos e os classificados vão se juntar a uma equipe classificada por índice técnico para formar as semifinais. Os dois finalistas vão disputar a final em local estabelecido pelo Departamento Técnico da Liga Campineira de Futebol. A previsão é de terminar as duas divisões no mês de junho.

Pelo regulamento, cada equipe poderá contar com 30 atletas. A partir da primeira partida de mata-mata, as equipes classificadas poderão efetuar a troca de quatro jogadores dentro do elenco. Não poderão ser inscritos jogadores que atuaram em outros clubes da primeira divisão, assim como atletas que estavam inseridos na competição da segunda divisão. Nas partidas, serão permitidas até oito substituições, desde que ocorram em três paralisações.