Libertadores: Em alerta após susto na Bolívia, Vasco estreia na fase de grupos

O time carioca vem de duas fases preliminares na competição, a segunda decidida nos pênaltis

O time carioca vem de duas fases preliminares na competição, a segunda decidida nos pênaltis

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Rio de Janeiro, RJ, 13 (AFI) – O Vasco estreará na fase de grupos da Copa Libertadores, às 21h30 desta terça-feira, em São Januário, contra a Universidad de Chile. Mas o time carioca chegará para este jogo com a bagagem de quatro partidas em que já pôde extrair preciosas lições da “traiçoeira” Libertadores, conforme analisa o técnico Zé Ricardo.

Dos quatro jogos já disputados, o Vasco fez boa apresentação em três. E levou um susto no quarto, com uma quase eliminação diante do Jorge Wilstermann, após vencer por 4 a 0 no jogo de ida – na volta, o time boliviano devolveu o mesmo placar e os brasileiros precisaram decidir nos pênaltis.

Passado o susto, Zé Ricardo valoriza a recente experiência adquirida. “O que passamos nos quatro primeiros jogos nos trouxe afirmações, aumentou a nossa confiança. Passamos a entender que se trata de uma competição muito difícil, por vezes até traiçoeira, onde é preciso estar atento durante todo tempo. Um mínimo descuido pode desenvolver um efeito cascata”, afirmou o treinador, em entrevista coletiva nesta segunda-feira.

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Por isso, a palavra de ordem no Vasco é atenção. “O importante é tentar ao máximo se manter organizado, pois dentro da organização sabemos o que podemos render. Essa foi a nossa maior lição”, diz Zé Ricardo, para quem a goleada sofrida na Bolívia não afetará o moral do time na competição.

“Não vai ser uma partida que fizemos abaixo que irá tirar a nossa confiança e fazer mudar a nossa proposta de jogo. O que tenho batido na tecla com os atletas é que precisamos fortalecer o que acreditamos, o nosso jeito de jogar, as nossas ideias”, avalia o treinador.

Para esta retomada na competição sul-americana, Zé Ricardo faz mistério quanto à escalação e até ao esquema tático, após poupar titulares na vitória sobre o Madureira, no sábado, pelo Campeonato Carioca. Ele não indicou se mandará a campo dois ou três zagueiros, como vem alternando a equipe no Campeonato Carioca.

Mas a provável escalação deve ter mesmo dois defensores, reiterando a formação mais usada pelo treinador desde o começo da temporada. O Vasco deve ter em campo Martín Silva; Pikachu, Paulão, Erazo e Henrique; Desábato, Wellington e Evander; Wagner, Riascos, Paulinho (Rildo).

Em sua estreia no complicado Grupo E, que tem ainda o Cruzeiro e o Racing, o Vasco terá a vantagem de enfrentar um time desfalcado. A Universidad de Chile não contará com o seu maior destaque dos últimos meses, o jovem meia Nicolás Guerra, que deve ser substituído pelo veterano Gustavo Lorenzetti.

Outras baixas são o experiente zagueiro Gonzalo Jara, da seleção chilena, e o volante Lorenzo Reyes. Os substitutos poderão ser o brasileiro Rafael Vaz e o meia Armando Cooper. Vaz pode ser o trunfo dos chilenos por conhecer bem o Vasco, time que já defendeu, e o técnico Zé Ricardo, com quem trabalhou no Flamengo, seu último clube antes de ser contratado pelos chilenos.

Apesar dos desfalques, a Universidad de Chile chega ao seu jogo de estreia na Libertadores em bom momento. Atualmente, é o vice-líder do Campeonato Chileno. Neste embalo, esperar repetir as boas campanhas que exibiu na competição sul-americana, com duas semifinais nos últimos dez anos.