Libertadores: Com desculpa bizarra, Conmebol admite erro em gol do Cerro contra o Fluminense
A Conmebol reconheceu a falha da arbitragem contra o Cerro e disponibilizou o diálogo entre os árbitro
Boseli abriria o placar e poderia mudar bastante o resultado final da partida
Rio de Janeiro, RJ, 14 (AFI) – A Conmebol revelou as conversas entre os árbitros de durante a revisão do VAR, que resultou na anulação do gol marcado por Boseli. O Cerro Porteño abriria o placar, mas o centroavante, aparentemente, estava impedido. No segundo tempo, o Fluminense fez dois para vencer pela ida das oitavas de final da Copa Libertadores.
A entidade reconheceu que houve um erro na marcação e o tento do Cerro Porteño deveria ser validado. A explicação, porém, foi bizarra, no mínimo. Os operadores do VAR, ao aproximarem a imagem, cortaram uma parte do campo. Nela, estava o lateral-direito do Fluminense, Samuel Xavier, à frente do atacante e, logo, dando condições. O argentino Facundo Tello invalidou o gol.
CONFIRA A CONVERSA
SERIA BEM DIFERENTE…
Na vitória por 2 a 0, o Tricolor foi melhor no jogo, é fato. Desde a primeira etapa, o time criou as melhores oportunidades, mas não estufou as redes antes de ir aos vestiários. O Cerro Porteño, recuado e com menos chances, assustou em alguns momentos na bola aérea.
Em uma das jogadas, Boseli recebeu de cara com Marcos Felipe, driblou o goleiro e fez o gol. Aí começam os erros. Primeiro, o bandeirinha não esperou o término do lance para assinalar o impedimento. Segundo e o mais inacreditável. O VAR, comandado pelo chileno Cesar Deishler, analisou o tento sobre um ângulo que não mostrava a imagem inteira e “esquecia” de um jogador do Fluminense.
‘NOS ROUBARAM À MÃO ARMADA’
Após a partida, o treinador do time paraguaio, Francisco Arce soltou os cachorros e não poupou a arbitragem.
“Creio que foi um erro muito óbvio, muito grande, muito evidente. Deixa eu ver o que mais posso dizer para não sair… É impossível que não tenham se dado conta, ao menos o que estava fazendo o VAR lá de cima. Sinceramente, nos roubaram à mão armada em nossa própria casa.”
“Cinco, sete, oito profissionais pagos para isso e não puderam perceber. Podemos entender com o que se passa em campo, mas com os que estão tranquilos, à distância, em teoria têm oito, nove, dez câmeras. Evidente que de alguma maneira afetou mais ou menos, poderia ter mudado a forma de encarar o segundo tempo. Agora já foi. O que podemos fazer? Pedir a suspensão da partida? Reclamar contra a arbitragem? Já nos meteram a mão aqui (Campeonato Paraguaio), agora nos metem a mão em um campeonato internacional”, completou.
‘FOI UM GOLPE DE ÂNIMO’
Obviamente, quem fez o gol não ficou contente. Mauro Boseli também não entendeu como os operadores do VAR, com tempo e na cabine, puderam errar assim. O centroavante ainda criticou a postura do bandeirinha.
“Mas uma pessoa sentada com uma televisão, com todo o tempo do mundo, não se admite um erro assim. Creio que não é justificativa, mas obviamente foi um golpe de ânimo porque voltamos para o segundo tempo sabendo que o que passou na partida não foi justo.”
“O arbitro de linha tem que esperar para levantar a bandeira. Eu não tinha chutado ainda, e ele já tinha a bandeira levantada. Me chama a atenção pelo menos, mas depois disso a responsabilidade não é mais do árbitro, passa pelo VAR. Tem que ser responsabilizado porque isso muda a partida”, avaliou.
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