Lembrem que a Espanha precisa fazer parte do Guinness Book

Você tem conhecimento se uma equipe com 63% de posse de bola tenha passado noventa e tantos minutos chutando apenas duas bolas de fora da área à meta adversária?

Como alguma equipe com esse volume ofensivo pode ter alçado apenas três bolas à área adversária, durante o tempo regulamentar?

Herói de Marrocos na Copa, Bounou nasceu no Canadá e joga na Espanha desde 2012
Goleiro Bounou, segurou três pênaltis. Foto: Divulgação

Campinas, SP, 6 (AFI) – Avisem a ‘gentarada’ que cuida de atualizações do Guinness Book que a seleção da Espanha cravou uma vaguinha no seleto grupo de quem atinge superações. Como dizia o saudoso narrador Pereira Neto, ‘os números estão aí e não mentem jamais’.

Você tem conhecimento se uma equipe com 63% de posse de bola tenha passado noventa e tantos minutos chutando apenas duas bolas de fora da área à meta adversária?

Digamos que até tenha, mas cá pra nós: como alguma equipe com esse volume ofensivo pode ter alçado apenas três bolas à área adversária, durante o tempo regulamentar?

Sim, em todos escanteios, antes da prorrogação, jogadores espanhóis desprezaram cruzamentos.

Optaram por toques curtos e bola trabalhada ali.

Esses raquíticos números para quem teve 63% de posse de bola – como a Espanha – jamais foi visto em todos os tempos em jogos de seleção, e quiçá nos principais campeonatos disputados no Brasil.

Pode ocorrer, sim, pra quem fica encolhido atrás, mas pra quem propõe o jogo como fez a Espanha contra Camarões, certamente não.

Duvida?

Então veja o vídeo deste jogo e confira.

Logo, quem mostra esses números em partida decisiva pelas oitavas de final de Copa do Mundo, como ocorreu com a Espanha, convenhamos que merece ser castigada com a eliminação.

E o sofrimento dela, após o zero a zero no tempo regulamentar, se arrastou durante a prorrogação, até o balde de água fria na definição através de cobranças de pênaltis.

É PROIBIDO PROIBIR

O exagerado tic-tac da bolerada da Espanha nas duas partidas anteriores me direcionou a reservar papel e caneta exatamente pra conferir se diante de Marrocos a bola viajaria um pouco mais à área adversária.

Nada mudou.

Novamente foi bola rolando de pé em pé, de um lado ao outro do campo, e nada de drible para infiltração.

A impressão clara que ficou é que o treinador da Espanha, Luis Enrique, proibiu a bolerada de fazer cruzamentos, mesmo no fundo de campo.

Quantas e quantas vezes jogadores espanhóis receberam bola em condições de arremate, nas proximidades da área de Marrocos, mas parece que foram proibidos de arriscar esse tipo de chute, pois não chutavam.

DIFERENTE NA PRORROGAÇÃO

Veio a prorrogação e aí, quando a água bate na bunda, tudo que antes era proibido passa a valer.

Só no primeiro tempo da prorrogação jogadores da Espanha fizeram cinco cruzamentos à área adversária, e mais quatro no segundo tempo.

Quando o caldo engrossou, o já apavorado treinador Luis Enrique, da Espanha, lembrou do dito ‘seja o que Deus quiser’, gritando para que os seus comandados arriscassem finalizações de qualquer distância.

MORROCOS SE DEFENDE

A seleção de Marrocos priorizou montar forte malha de marcação e colocar velocidade nos contra-ataques, na tentativa de surpreender os espanhóis.

Quis o destino que Marrocos tivesse a grande chance de matar o jogo nos pés de Walid Chedira, que cara a cara com o goleiro Unai Simón, da Espanha, conseguiu chutar a bola em cima dele, que praticou a defesa com o pé direito.

Logo em seguida, o atacante Sarabia, da Espanha, mesmo sem ângulo, bateu cruzado e acertou o poste direito do goleiro Bounou, de Marrocos. Na decisão dos pênaltis, a torcida marroquina fez a festa.

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