Por SÉRGIO CARVALHO

Campinas, SP, 11 (AFI) – Alô amigos do Futebol Interior. Estive sumido nos últimos cinco ou seis dias.  Peguei uma forte gripe (cheguei até a pensar que estava com Covid de novo) e precisei fazer um forte tratamento para me recuperar.
A Covid não foi confirmada (até porque tomei três doses da vacina) mas a gripe em si foi daquelas que há muitos anos eu não tinha. Fiquei de cama, tomei todos os remédios que me receitaram e hoje já estou me sentindo bem melhor. Parece que o pior já passou.

Por isso resolvi sentar aqui no computador para conversar de novo com vocês, o que me dá enorme prazer. E entre os assuntos que tinha para comentar, resolvi falar sobre a surpreendente situação do Palmeiras, que deveria estar classificado para as finais da Copa Libertadores, mas foi surpreendido pelo decadente Boca Juniors, da Argentina, e com justiça, foi desclassificado.

Digo “com justiça” porque, nem em Buenos Aires, nem em São Paulo, o chamado Verdão jogou nada. Foi um desastre completo e não mereceu a classificação para disputar mais uma grande final deste que é o maior torneio de futebol das Américas. Fluminense e Boca é que vão decidir quem vai levantar a taça, no dia 4 de novembro, um sábado, no Maracanã, Rio de Janeiro, a partir das 17 horas (os dois fizeram por merecer esse privilégio).

Mas vamos deixar a grande final da Libertadores 2023 de lado, e vamos voltar a falar do Palmeiras. Pra mim, o time de Abel Ferreira era o grande favorito a ser finalista e até a ganhar o título, mais uma vez. E por que isso não aconteceu? Não aconteceu, basicamente, por dois motivos.

1- A presidente Leila Pereira, não fez a sua parte durante a atual temporada. Viu que sua equipe estava carente de alguns reforços, mas não quis gastar dinheiro com isso. Um erro crasso.

2 – O técnico Abel Ferreira também errou feio ao não cobrar forte a presidente do seu clube pedindo a urgente contratação de reforços. Pode até ter conversado com ela, mas não forçou a barra (se tivesse forçado provavelmente contaria com os reforços que precisava).

DUDU FEZ FALTA
Ficou calado, tentou manter o time no mesmo ritmo, mas quando as coisas estavam ficando mais difíceis dentro do campo, perdeu seu jogador chave, Dudu. Muita gente não imaginava que este jogador fizesse tanta falta ao time. A falta foi tão grande que, a partir de sua saída do time, o Palmeiras caiu tanto de produção que deixou de se impor até diante de seus adversários mais frágeis. (pelo menos no quesito ataque!).

Era esse o momento certo para Abel procurar Leila e forçar a barra: “me dá ao menos um jogador para o lugar de Dudu, mesmo que custe caro, ou o Palmeiras não vai chegar a final da Libertadores”. Leila poderia até negar-se a contratar esse jogador, mas sua negativa deixaria Abel livre de qualquer responsabilidade.

Como o ou os reforços não vieram, o Palmeiras não teve forças para se impor nem no Brasileirão, nem na Libertadores. Perdeu a vice-liderança do Campeonato Brasileiro (está em quarto lugar na classificação geral) e não foi capaz de passar pelo Boca Juniors que, dentro da Allianz Arena, empatou no tempo normal o segundo jogo das semifinais e ganhou sua vaga na cobrança de pênaltis (até nesse detalhe o Palmeiras perdeu sua auto-confiança).

SEM LIBERTADORES, SOB PRESSÃO
Como consequência, o Verdão não terá a chance de ganhar mais uma Libertadores (que era seu maior objetivo neste ano). Em 2023 ficou fora das finais da Copa do Brasil (que o São Paulo ganhou pela primeira vez!) e limitou-se a ganhar o título paulista de futebol, que pela sua pouca importância é menosprezado pela sua torcida. Agora, só resta tentar ficar entre os quatro primeiros colocados do Campeonato Brasileiro (faltam apenas doze rodadas para o campeonato terminar).

Se não conseguir, não haverá clima para Abel Ferreira ficar, e talvez até Leila Pereira, a presidente do clube, ficará com a imagem tão desfigurada que, não será surpresa se ela pedir demissão do cargo ou se seus opositores fizerem esse pedido por ela.  Aliás, as uniformizadas do Palmeiras já começaram a pedir a cabeça de Leila, e, entre associados e conselheiros, também existe muita gente querendo ver a presidente pelas costas. Será que vão conseguir???

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