São Paulo, SP, 03 (AFI) – O México voltou para casa mais cedo na última segunda, após a derrota por 2 a 0 para o Brasil nas oitava de final da Copa do Mundo, mas ainda vai demorar para o torcedor brasileiro esquecer o nome de Miguel Layún, camisa sete da seleção de Juan Carlos Osorio. De forma uníssona, os brasileiros, inclusive personalidade e famosos, invadiram a rede social do jogador para criticar a truculência usada contra Neymar, camisa 10 de Tite. O mexicano disse que aceita “ameaças”, mas pede respeito à sua família.

Aos 26 minutos do segundo tempo, Neymar errou um domínio que gerou um lateral para o México no meio de campo. Desequilibrado, o atacante caiu no gramado com a bola entre as pernas. De forma malandra, Miguel Layún pisou no tornozelo direito do craque, justamente o local que recentemente passou por uma cirurgia que lhe tirou dos gramados por três meses. Com muita dor, o camisa 10 se revirou em campo e precisou de atendimento médico.

Mesmo com a revisão do árbitro de vídeo e a presença do quarto árbitro praticamente em cima do lance, nada aconteceu com o lateral direito do México, que não recebeu nem cartão amarelo pela entrada temerária fora da disputa de bola. Mas a injustiça dentro de campo não passou despercebida nas redes sociais. A invasão de brasileiros foi tamanha, que o próprio Layún precisou se manifestar, pedindo para que respeitassem seus familiares.

Em mensagem no ‘stories’, o jogador publicou: “A todas as pessoas do Brasil… não tenho interesse em entrar numa discussão, que na minha opinião não faz sentido. Primeiro porque o futebol joga-se no campo e segundo porque penso que vocês têm uma cabeça para perceber o primeiro ponto. Se alguém tiver algum problema com o que aconteceu no jogo (mesmo após o árbitro revisar o VAR, falou comigo e disse que tinha visto que eu não tentei pisar de propósito, caso contrário teria me dado o cartão vermelho)… podem enviar mensagens na minha conta, mesmo a me ameaçar, não tenho problema, eu entendo bem o futebol. Mas se fizerem favor, respeitem a minha família, isso (ameaças) não aceito”.