Lautaro, da Inter de Milão, terá que indenizar família de babá que morreu após ser demitida
"Eles esperaram até que a filha estivesse prestes a morrer e não tivessem lucidez para tentar tirar o dinheiro de nós" afirmou o jogador
Lautaro demitiu a babá por extrapolar o número de dias fora por licença médica
São Paulo, SP, 11 – O atacante Lautaro Martínez, astro da Inter de Milão, e campeão mundial com a seleção argentina, foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Milão a indenizar a família de uma babá que morreu pouco tempo depois de ser demitida pelo jogador. A mulher, que não teve o nome divulgado, foi contratada em 2021, então com 27 anos, para trabalhar na casa do atleta, na Itália. A jovem adoeceu e foi demitida em 10 de julho do ano passado por extrapolar o número de dias fora por licença médica.
A babá ficou ausente durante 49 dias após diagnóstico de doença grave e foi notificada da demissão enquanto estava no hospital. A Justiça de Milão considerou o desligamento “ilegítimo” por entender que ela deveria ter ficado 67,5 dias de licença.
A mulher, que morava na casa do jogador com contrato por tempo indeterminado, faleceu em janeiro. Agora, Lautaro terá que indenizar a família da funcionária com o valor que deveria ser pago se o tempo determinado pelo juiz tivesse sido respeitado, com as despesas do processo judicial inclusas.
Lautaro contratou a mulher oito meses antes de os primeiros sintomas aparecerem. O caso aconteceu durante a preparação do atacante para a Copa do Mundo do Catar. Ele se manifestou nas redes sociais junto da mulher e um de seus advogados acusando a família da babá de tentar tirar dinheiro deles.
FALA LAUTARO
“Decidi ficar muito tempo calado por respeito a uma família com a qual nunca tivemos problemas. Mas não permitirei que a minha seja manchada”, expressou no Instagram. “Contratamos uma pessoa que já estava doente, amiga de longa data, até que infelizmente ela não pôde continuar trabalhando porque sua doença não permitiu. Fizemos muito por ela e sua família, conseguindo passagens para sua chegada, ajudando a encontrar leitos em hospital quando ela desmaiou, ajudando no tratamento, na acomodação da família que tivemos que convencer a vir cuidar da filha moribunda”, explicou Lautaro
“Eles esperaram até que a filha estivesse prestes a morrer e não tivessem lucidez para tentar tirar o dinheiro de nós. E não só isso, mas depois da morte dela eles continuaram insistindo e acabou muito mal, não poderia ser de outra forma (…) Que tipo de pessoa você tem que ser para pensar em aproveitar a morte de um filho para conseguir dinheiro”, afirmou.