Justiça condena 23 torcedores chilenos a pagar fiança e os mantém no País

Os torcedores agora terão que aguardar por um novo julgamento no JeCrim e só serão liberados para voltar ao Chile se forem absolvidos

Os torcedores agora terão que aguardar por um novo julgamento no JeCrim e só serão liberados para voltar ao Chile se forem absolvidos

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São Paulo, SP, 07 – Após cerca de quatro horas de audiência no Fórum Criminal da Barra Funda, o juiz Rubens Pedreiro Lopes decidiu liberar apenas um dos 24 torcedores chilenos envolvidos em uma confusão na partida entre Corinthians e Universidad de Chile, na última quarta-feira, no Itaquerão. Outros 23 terão que pagar fiança para ganharem a liberdade, mas ainda não poderão deixar o Brasil.

O torcedor Sérgio Alejandro Barra Spinoza foi liberado. Outros dois foram condenados a pagar cinco salários mínimos, por terem sido condenados pelo crime de lesão corporal. Os outros 21 pagarão três salários mínimos pelo crime de desacato e danos ao patrimônio.

Os torcedores agora terão que aguardar por um novo julgamento no JeCrim e só serão liberados para voltar ao Chile se forem absolvidos. A data deste novo julgamento ainda não foi marcada.

COMO FOI
A audiência de custódia iria começar às 9 horas desta sexta-feira, mas teve início apenas às 10h30. Os torcedores foram separados em quatro grupos com seis torcedores em casa para explicarem o que aconteceu na confusão.

Cenas de violência foram vistas no setor destinado aos torcedores da La U durante o intervalo

Cenas de violência foram vistas no setor destinado aos torcedores da La U durante o intervalo

O julgamento contou com a presença de um defensor e mais uma advogada para os chilenos. Também esteve presente o cônsul do Chile no Brasil, Alejandro Sfeir.

No total, 26 chilenos foram detidos durante a confusão na arena. Na quinta-feira, dois deles foram liberados, sendo um jornalista e uma mulher.

A BRIGA
A briga começou antes de a bola rolar e se intensificou no intervalo do jogo pela Copa Sul-Americana. Inicialmente, chilenos arrancaram cadeiras da arena para atirá-las contra os corintianos. Depois, eles jogaram esses assentos destruídos nos próprios policiais, que se valeram da truculência no revide para tentar encerrar a confusão.

No intervalo do primeiro para o segundo tempo, a PM prendeu cinco torcedores que teriam iniciado o quebra-quebra. A ação irritou os demais chilenos, que partiram para cima dos policiais e saíram quebrando tudo que viam pelo caminho.

O Corinthians pretende reparar todos os danos até domingo, quando recebe o Botafogo de Ribeirão Preto pelo Campeonato Paulista. O clube vai cobrar os valores da diretoria da Universidad de Chile.

Caso o clube chileno não coopere, o time brasileiro já prometeu acionar a Conmebol, que organiza o torneio, e pedir punição ao adversário. O jogo da volta está marcado para maio. O Corinthians poderá perder por um gol de diferença para se classificar à segunda fase após vencer por 2 a 0 em casa.